Aproveitando o assunto do
post anterior, o avistamento do Veyron 16.4 preto em Los Angeles, publico agora fotos do magnífico
Bugatti Veyron Grand Sport branco que estava exposto no Salão do Automóvel de 2010, em São Paulo.
Conhecido como "o Veyron brasileiro", é o mesmo exemplar que mostramos no vídeo
on-board deste post, que mostra o super-besouro quase literalmente voando na Rodovia Castello Branco. Este Veyron é conhecido como o único do país, um
targa branco monocromático, como a maioria dos Grand Sports são - edições especiais à parte. Além do óbvio teto destacável, o Grand Sport se diferencia dos Veyrons de teto fechado em alguns detalhes, como faróis com disposição interna diferente e rodas com desenho distinto.
Depois de conhecer de perto o
EB110 SS da Platinuss
deste post, pude ver de perto o segundo Bugatti que encontro na minha vida. Este Veyron estava exposto no estande da British Cars do Brasil, representante oficial da Bentley. Em sua companhia, um belo Continental Flying Spur, e este raríssimo Continental Supersports branco da foto acima.
O Bugatti Veyron dispensa apresentações. O mais exagerado esportivo do mundo é amplamente conhecido em qualquer roda de entusiastas, alcançando fama instantânea no momento do seu lançamento em 2005. Toda essa aura se deve principalmente às suas excepcionais conquistas técnicas: motor de 16 cilindros em duplo V (W16) compartilhando um único virabrequim, deslocando 8 litros e sobrealimentado por 4 turbo-compressores. Essa usina de energia produz, em números absolutos, 1001 CV de potência a 6000 rpm e 127 kgmf de momento desde os 2200 rpm, e em percepção sensorial, uma aceleração esmagadora!
Sua velocidade final também contribuiu para isso: ultrapassou a mágica barreira dos 400 km/h, para a versão de teto fechado. O Grand Sport deste post, com teto targa, chega a "apenas" 369 km/h com a capota aberta.
Os imensos desafios técnicos para o projeto de um carro com uma força tão descomunal acabaram postergando o lançamento do carro diversas vezes, o que levantou muitas dúvidas sobre a sua viabilidade. Além da óbvia dificuldade de resfriar e estabilizar uma usina de calor compactada no cofre de um carro, havia a questão da transmissão do monumental torque às rodas, e ao pavimento. Tamanha força causaria tensões elevadíssimas na transmissão, sendo preciso desenvolver uma caixa de marchas exclusiva para o carro. A tração seria, claro, integral. Menos do que isso seria um desperdício de capacidade de tracionamento.
A opinião dos autores do
AltoGiro sempre foi de que o desenho do Veyron nunca foi dos mais harmônicos. Seu perfil de "besouro anabolizado" é um tanto sisudo e exagerado para nosso gosto. A opção de duas cores também dá chance para a criação de Veyrons de combinações desagradáveis, como
este outro que vimos, também em Los Angeles.
No entanto, se o estilo do carro é suscetível a julgamentos pessoais, é indiscutível que as conquistas técnicas da engenharia da Bugatti são admiráveis e excepcionais. É impossível não admirar um carro tão significativo e marcante, assim como foi a minha opinião quando eu vi pela primeira vez a Ferrari 458 Italia,
deste post. E é indiscutível também que o Veyron é sim, o supra-sumo de todos os Grand Turismos da sua época.
Ettore Bugatti certamente estaria orgulhoso da última criação que leva suas iniciais.
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