Retomamos depois de um looongo (bota longo nisso) hiato a seção Alto-Giro Ao Volante. E em grande estilo: com uma perua C 55 AMG (W203)! Tive a oportunidade de dirigir esse carro enquanto fazia meu trabalho de formatura pela Mercedes-AMG, em 2009, por ocasião de uma viagem a trabalho. Apesar de não ter sido minha opção, posso garantir que essa C 55 Touring foi bastante divertida de guiar. (Na verdade, você pegava o carro que te davam e torcia pra não pegar um dos C 30 AMG Sport Coupé a diesel, hehe! Sim, a AMG projetou e comercializou esse modelo.)
Com um dos melhores motores já fabricados pela AMG, mas (infelizmente) na variante sem compressor, essa Classe C tinha potência e torque de sobra no seu V8 5.4 (a exemplo dos recentes 6.2, a sigla não refletia exatamente a cilindrada): 367 cv e 52 kgfm!
Num dia frio de inverno, viajei de Affalterbach para Ulm, na Alemanha, junto com um colega de trabalho. Ao sairmos, por volta das 6h da manhã, o céu ainda estava escuro e o carro, coberto de gelo. Meu amigo foi dirigindo na ida, e eu, na volta. Detalhe: ele nunca havia dirigido um automático. Apesar do prenúncio de desastre (e algumas freadas com o pé esquerdo, haha!), a viagem correu bem. O carro, como todo AMG, era completo. O sistema de navegação integrado cuidou da rota, e os bancos aquecidos e a climatização automática nos fizeram esquecer o frio que fazia lá fora. Apesar das condições das estradas, com traços de gelo na pista, e o receio inicial com o carro, posso dizer que meu colega aproveitou bem a oportunidade, levando a C 55 a mais de 200 km/h na Autobahn.
Pois bem, após algumas horas em Ulm, finalmente chegava minha vez de dirigir. Por incrível que pareça, minha impressão inicial foi de que o carro não "puxava" tanto quanto sua potência fazia imaginar. Não me entendam mal, não estou reclamando do desempenho, apenas descrevendo a sensação que tive nos primeiros quilômetros com o carro. De qualquer forma, com o céu limpo e a pista seca, pude levar o carro a mais de 200 km/h com facilidade. Só não fui mais perto do limite eletrônico (250 km/h) por causa de outros carros que apareciam à frente. A estabilidade dessa Classe C em altas velocidades é elogiável, uma legítima Mercedes. Nada de vibrações, nenhuma sensação de insegurança.
O câmbio, automático de 5 marchas, foi irrepreensível (embora não tenha deixado uma impressão tão boa quanto o do SL 55). Eu até gosto de automáticos com trocas manuais, sobretudo em algumas situações específicas, mas minha opinião é de que um câmbio bem projetado dispensa trocas seqüenciais. E este era o caso. Bastava acionar o programa "S" e colocar a alavanca em D. (Nota: como é típico da Mercedes, as trocas podiam ser feitas na alavanca, deslocando-a para a direita para subir marchas, e à esquerda, para descer. Estranho e pouco intuitivo. Felizmente para os apreciadores, a versão AMG tem também teclas atrás do volante para esse propósito).
Dada a predominância das famosas Autobahnen no caminho, não pude testar a fundo o comportamento dinâmico do carro (nem seria exatamente adequado, hehe). Mas, nas estradas secundárias próximas a Affalterbach, em especial nas pequenas rotatórias comuns por ali, deu para ter um gostinho. O carro é bastante equilibrado com o ESP ligado, sem muita tendência a sair de traseira ou de frente (pelo menos não nas ruas/estradas - numa pista, a história deve ser outra).
Para concluir, posso dizer que me diverti bastante ao volante dessa C 55 AMG - apesar da minha impressão inicial de que o carro não demonstrava a força que dizia ter. As características da Mercedes-Benz estão lá, a escola AMG também. Muita potência, aceleração forte e estabilidade, com conforto e algum luxo (reparem nos painéis de porta e na forração dos bancos). Espero ainda dirigir uma BMW M3 E46 para comparar, mas essa Merça foi um ótimo começo, hehe.
Continuem acompanhando a seção [Alto-Giro Ao Volante]. Temos alguns posts interessantes preparados para os próximos meses, além dos que estão no nosso arquivo.
-WS
Com um dos melhores motores já fabricados pela AMG, mas (infelizmente) na variante sem compressor, essa Classe C tinha potência e torque de sobra no seu V8 5.4 (a exemplo dos recentes 6.2, a sigla não refletia exatamente a cilindrada): 367 cv e 52 kgfm!
Num dia frio de inverno, viajei de Affalterbach para Ulm, na Alemanha, junto com um colega de trabalho. Ao sairmos, por volta das 6h da manhã, o céu ainda estava escuro e o carro, coberto de gelo. Meu amigo foi dirigindo na ida, e eu, na volta. Detalhe: ele nunca havia dirigido um automático. Apesar do prenúncio de desastre (e algumas freadas com o pé esquerdo, haha!), a viagem correu bem. O carro, como todo AMG, era completo. O sistema de navegação integrado cuidou da rota, e os bancos aquecidos e a climatização automática nos fizeram esquecer o frio que fazia lá fora. Apesar das condições das estradas, com traços de gelo na pista, e o receio inicial com o carro, posso dizer que meu colega aproveitou bem a oportunidade, levando a C 55 a mais de 200 km/h na Autobahn.
Pois bem, após algumas horas em Ulm, finalmente chegava minha vez de dirigir. Por incrível que pareça, minha impressão inicial foi de que o carro não "puxava" tanto quanto sua potência fazia imaginar. Não me entendam mal, não estou reclamando do desempenho, apenas descrevendo a sensação que tive nos primeiros quilômetros com o carro. De qualquer forma, com o céu limpo e a pista seca, pude levar o carro a mais de 200 km/h com facilidade. Só não fui mais perto do limite eletrônico (250 km/h) por causa de outros carros que apareciam à frente. A estabilidade dessa Classe C em altas velocidades é elogiável, uma legítima Mercedes. Nada de vibrações, nenhuma sensação de insegurança.
O câmbio, automático de 5 marchas, foi irrepreensível (embora não tenha deixado uma impressão tão boa quanto o do SL 55). Eu até gosto de automáticos com trocas manuais, sobretudo em algumas situações específicas, mas minha opinião é de que um câmbio bem projetado dispensa trocas seqüenciais. E este era o caso. Bastava acionar o programa "S" e colocar a alavanca em D. (Nota: como é típico da Mercedes, as trocas podiam ser feitas na alavanca, deslocando-a para a direita para subir marchas, e à esquerda, para descer. Estranho e pouco intuitivo. Felizmente para os apreciadores, a versão AMG tem também teclas atrás do volante para esse propósito).
Dada a predominância das famosas Autobahnen no caminho, não pude testar a fundo o comportamento dinâmico do carro (nem seria exatamente adequado, hehe). Mas, nas estradas secundárias próximas a Affalterbach, em especial nas pequenas rotatórias comuns por ali, deu para ter um gostinho. O carro é bastante equilibrado com o ESP ligado, sem muita tendência a sair de traseira ou de frente (pelo menos não nas ruas/estradas - numa pista, a história deve ser outra).
Para concluir, posso dizer que me diverti bastante ao volante dessa C 55 AMG - apesar da minha impressão inicial de que o carro não demonstrava a força que dizia ter. As características da Mercedes-Benz estão lá, a escola AMG também. Muita potência, aceleração forte e estabilidade, com conforto e algum luxo (reparem nos painéis de porta e na forração dos bancos). Espero ainda dirigir uma BMW M3 E46 para comparar, mas essa Merça foi um ótimo começo, hehe.
Continuem acompanhando a seção [Alto-Giro Ao Volante]. Temos alguns posts interessantes preparados para os próximos meses, além dos que estão no nosso arquivo.
-WS
booooa wilsao
ResponderExcluirótimo post cara!
Lembro como vc já tinha me contado pessoalmente de como foi sua experiência com essa C55, mas ler seu post me fez viajar de novo pensando em como seria animal acelerar essa peruinha V8... =)
sei que vc já tinha dito que a impressão que teve foi que ela não puxava tanto quanto vc esperava, mas isso é pq vc tinha acabado de dirigir uma SL63, não é???
hahahahahaah
bom, eu imagino que se vc algum dia vc acelerar um Veyron, vai achar que um 911 (ou QUALQUER carro no mundo) não anda tanto quanto imaginava, hahahaha
belissimo post de qualquer maneira!
Vc, meu amigo, realmente teve o emprego dos sonhos de qualquer um de nós!!
Estou no aguardo pelo "Alto-Giro Ao Volante" com a SL, e tbm com a sua CLK!
Pretendo postar tbm de alguns carros dirigidos nos EUA em 2006 =)
Talvez, além da E46 M, vc deva colocar na lista tbm um RS4, pra ter uma base de comparação melhor... hahahaha
e me chame quando tiver essas chances, pra eu poder opinar tbm =)
Valeu pelos comentários, Xina!
ResponderExcluirEntão, essa C 55 eu não peguei logo depois do SL, não, hehe. Achei estranha a impressão, mas realmente não tinha uma aceleração brutal.
Ainda tenho mais AMGs pra seção, mas pena que não tenho fotos. Quero ver as suas impressões do T-Bird aqui, hein?!
-WS
WS,
ResponderExcluirDesde que comprei meu primeiro carro automático (um Vectra), em agosto de 2000, sempre freei com o pé esquerdo. Aprendi lendo a Motor 3. Quando se pega a manha, o tempo de reação cai uma barbaridade.
Alexandre, estou contigo!
ResponderExcluirAprendi a fazer isso no meu Ford Thunderbird tbm, durante minha estadia em Los Angeles!!
Concordo que, depois que se pega o jeito, é bem melhor mesmo! =)
Caras, pra mim, frear com o pé esquerdo só no Gran Turismo ou andando de kart. Dirijo bastante automáticos, mas não gosto da idéia, porque, pra mim, os potenciais erros (basta um) não compensam os benefícios em situações normais. Numa pista de corrida, a história é outra, hehe.
ResponderExcluir-WS
bela experiência, wilsao! nunca dirigi um carro tao potente assim...ainda...heehe
ResponderExcluirtb nunca usaria o pé esquerdo no freio....com certeza ia acabar me confundindo em algum momento....ou com o carro automatico ou com o manual....
qdo entro no automático, meto o pé esquerdo no descanso e não penso mais nele...
não deve ganhar tanto tempo na frenagem assim...são poucas situações de risco que a gente passa no dia a dia....e meu pé direito ja foi ensinado a frear rápido....hehehe
Outro dia eu pensei nessa história de frear com a esquerda e fiz cada m*rda que achei melhor voltar a frear com a direita hehehehe
ResponderExcluirBelo post wilson, só faltou comentar se o carro é apropriado para uma mãe radical ir ao supermercado
Jão, é perfeito pra mães-piloto levarem os filhos na escola, no shopping, etc. Hopi-Hari, então, nem se fala, haha! Só pegar a estrada e ultrapassar todas as outras mães.
ResponderExcluir-WS