segunda-feira, 29 de junho de 2009

[Alto-Giro Bizarro] Sidecar (!?!)

Grotesco!

Um idiota chamado Francois Knorreck resolveu levar o conceito de sidecar ao pé da letra.

Ele acoxambrou um monte de coisa: Kawasaki, Laverda, VW GTI, Audi 80 e Citroën Xantia. E chamou de
Snaefell.

Deu nisso:

Resumo: ele perdeu 10 anos e 15mil Euros fazendo isso.

Interessante é um sidecar inspirado no Citroën 2CV que o Autoblog postou:

Pelo menos é mais bem humorado que o Snaefell, que parece ter sido pensado pra ser algo sério.

Via: Automotto, Autoblog e Gizmodo.

-Rossi

[Alto-Giro Avistamentos] - Porsche Carrera GT

Aproveitando que o assunto é Porsche...
Mais uma adição para os "avistamentos" do Alto-Giro, de fotos tiradas por nós mesmos!

Dessa vez, é um avistamento histórico:

Porsche Carrera GT




Avistado na mesma garagem em São Paulo, perto do Parque do Ibirapuera. Agradeço à dica do meu amigo Artur, que mora neste prédio.




Simplesmente espetacular!! Fico muito feliz de poder ter a oportunidade de estar diante desta obra-prima da Porsche. Esta é a quinta vez que vejo um Carrera GT, mas a primeira oportunidade de ver de TÃO perto, a ponto de poder tocar na máquina e admirar todos seus detalhes. É emocionante também saber que é uma máquina de produção limitada de 1270 unidades, o que faz deste um avistamento muito raro!






Sensacional o seu interior! Toda a estrutura monobloco do Carrera GT, inclusive seu subframe, é feito de fibra de carbono. Como é possível ver nas fotos acima, nas portas, estrutura da cabine, parte de trás do banco, tudo é feito de fibra de carbono!
É impressionante também a posição do câmbio (manual de seis marchas), bem perto do volante, inspirando uma condução esportiva. Interessante a posição da chave de ignição, à esquerda do volante. Isso é de inspiração nos carros de corrida da Le Mans, onde a ignição à esquerda do volante possibilitava aos pilotos de darem partida no carro enquanto engatavam a marcha com a mão direita.



Acima do câmbio estão posicionados três botões: o de travamento de porta, de levantamento do aerofólio e do desligamento do controle de tração ("TC off")!


Um breve resumo desta máquina:
Motor V10 central-traseiro 5.7 DOHC, produzindo 612 hp. Freios de composto cerâmico. Aceleração 0-100km/h em 3,9s e máxima de 330 km/h! Preço de venda nos EUA de US$440.000. No Brasil... inacreditáveis R$2.800.000,00!!

Nas duas últimas fotos, reparem em uma curiosidade: o parafuso central da roda tem acabamento vermelho no lado do motorista, e azul, no lado do passageiro. É impressionante de se ver também os freios de 15 polegadas de diâmetros, dentro das rodas 19" dianteiros e 20" traseiros.

*update: foto dos botões do console central


Para ver outros avistamentos desta tradicional seção do Alto-Giro Blog, cliquem em "avistamentos" no menu lateral, ou aqui. Se tiverem alguma foto própria de um carro diferenciado, mandem para altogiroblog@gmail.com que teremos o prazer em publicá-lo

- Xineis

sexta-feira, 26 de junho de 2009

[Alto-Giro em Museus] Museu da Porsche - Parte I

Começo aqui uma série de posts (por enquanto só 2, hehe) sobre museus relacionados ao mundo das quatro rodas. Assunto de hoje: Museu da Porsche, em Stuttgart. Comecemos pelo começo:


Isso mesmo, até a estação de trem tem Porsche no nome (Porscheplatz = praça Porsche). Não precisa nem atravessar a rua e você já dá de cara com a fachada:


Imponente, um belo trabalho de arquitetura e engenharia, sem dúvida. Dêem uma olhada em mais detalhes da estrutura (quando voltei lá pra comprar uns souvenirs, tinha um Panamera "estacionado" nesse telhado do mezanino):


Bom, hora de entrar. Depois de pagar apenas 4 € (preço de estudante) e pegar uma escada rolante gigante e muito inclinada, chegamos à parte de cima, onde fica a coleção. Logo de cara, aparece um dos maiores clássicos da indústria automobilística: o Fusca.



Projetado por Ferdinand Porsche, o Volkswagen original tem lugar cativo no museu da marca. Afinal, para alguns, pode ser considerado o primeiro de todos os Porsche. Reparem na janelinha traseira do projeto original. Deve ser bem ruim para a visibilidade, mas dá um toque legal no estilo de um dos carros mais carismáticos da história. Andando mais um pouco, aparece um primo próximo do Fusca: um 356A de 1948, o primeiro modelo a levar o nome do criador:


Bastante "cru", já esboçava a versão final do modelo. A curiosidade desse protótipo é o motor, montado na posição central.


Aqui vemos um 356 Speedster (reparem na inscrição lateral), para mim, um verdadeiro primor na história da Porsche. Acho que a única coisa que não me agrada são as telas nos faróis, mas relevaria isso tranqüilamente. Criado tendo em mente o mercado americano, sintetiza a essência da Porsche: motor traseiro, refrigerado a ar - o que não era necessariamente bom, hehe -, espaço (mínimo) para apenas 2 ocupantes e o design que evoluiria num clássico. Um destaque dessa versão em particular é o pequeno pára-brisa, que podia ser removido.


Um dos Porsches mais feios na minha opinião, mas achei que valia a pena colocar aqui: o 914. Chegou a ser vendido em concessionárias Volkswagen, mas apenas na versão 4 cilindros. A única coisa boa que consigo ver nessa foto são as rodas, que me lembram desse clássico:


O 911 Turbo. Talvez um dos carros mais emblemáticos da história, deve ser divertido de dirigir ainda hoje. Um esportivo mítico, longe de ser uma unanimidade, mas respeitado por todos. Não tenho muito o que falar dele que vocês já não saibam. Próximo!


911 Targa (nome registrado e que só pode ser usado pela Porsche). Um conceito legal, no meio do caminho entre coupé e conversível. Embora ainda exista um modelo Targa do 997, a história é outra: trata-se de um teto solar de vidro grande e deslizante.


Porsche 959. Baseado no 911, tinha um motor Boxer biturbo que gerava 450 cv. Se hoje esse número pode até não impressionar, era algo radical para a época (foi lançado em 1986). Foi produzido em série graças a uma exigência da FIA para competir no grupo B do campeonato de rally, mas acabou se tornando um dos Porsche mais cobiçados entre aficionados. Bill Gates e Jerry Seinfeld estão entre os donos famosos (reza a lenda que o comediante possui não um, mas dois 959!).


Chegamos a outro modelo impressionante: o 911 GT1. Um carro emocionante de se ver. Versão para as ruas do carro de corrida, tinha um 3.2 Boxer gerando cerca de 540 cv, e também foi produzido por motivos de homologação. Todo fanático por Porsches deve prestar reverência ao GT1, um ícone maior do que o Carrera GT aí embaixo:


Apesar de eu considerá-lo um carro sensacional, não inspira os sentimentos que vêm com o GT1. Agora que já cobrimos os principais, vamos a uma seqüência final de outros carros relevantes/curiosos:


917 "Pink Pig"


911 policial


Seria a Porsche a verdadeira mãe do Dacia/Renault Logan?


Estudo militar


Pai do Panamera?

Conceito que originou o Boxster

Estudo Panamericana

Apesar de ter gerado um post bem longo, posso dizer que não gostei tanto assim desse museu. Parece que a montadora não tem tanta história ou tantos modelos importantes quanto ela gostaria. Mas acho que fui influenciado pelo tema do próximo post da série. Mais em breve. Terminamos coma visão da concessionária que fica em frente ao museu:


WS

[Alto-Giro] R.I.P. Michael Jackson

Michael Jackson (1958-2009)

Em homenagem ao rei do Pop, dedico esse post à publicação dos carros de Michael Jackson.
Confinado na terra do nunca, MJ nunca se importou muito com carros exóticos e esportivos. Como é possível observar, tinha preferência por modelos luxuosos e privativos. Pelo jeito também não se importava muito em manter sua frota renovada, ora por questões financeiras (especialmente nos últimos anos), ora por não dar importância mesmo.
Da frota de MJ, vale a menção de pelo menos 4 limusines. O primeiro modelo mostrado é um belíssimo Rolls Royce Silver Spur II 1999. Seu interior é forrado com couro branco, e possui um bar completo.
A próxima foto é de um Cadillac Fleetwood 1954, que foi usado na gravação do filme "Driving Miss Daisy".
Além disso, ele possuiu também um Lincoln Town Car 1988 branco, com interior forrado com couro cinza. Talvez este o mais "normal" de seus carros, visto que o Town Car é o típico carro que se é convertido para limusines.
Por fim, MJ foi dono de um Rolls Royce Silver Seraph 1999, com interior extremamente elaborado, como é possível ver na última foto. Com decoração à altura das salas do Palácio de Versailles, foi desenhado pessoalmente por Michael e possui diversos adornos de ouro 24 quilates.
R.I.P. Michael Jackson.
- Xineis

terça-feira, 23 de junho de 2009

[Alto-Giro] Historic F1 no Brasil

Esse ano, o Brasil vai ter uma das etapas da Historic F1!

Vai ser dias 15 e 16 de agosto em Interlagos, com ingressos a partir de R$180 (setor A).

É a primeira vez que a categoria sai da Europa. Ela corre em SPA (Bélgica), Brands Hatch (Inglaterra), Monza (Itália), Jarama (Espanha) e Nürburgring (Alemanha).

A Globo, que de boba só tem a cara e o jeito de andar, vai transmitir a corrida no dia 16.

Você deve estar se perguntando se é um campeonato sério e como eles colocam carros diferentes nas pistas. Bom, no site tá escrito isso:

"O campeonato possui quatro classes distintas: A – carros de F1 entre 1966 e 1971; B – carros de F1 depois de 1971 sem efeito solo; C – carros de F1 depois de 1971 com efeito solo; D – carros de F1 depois de 1971 com fundo plano. Desde que a prova conte com três ou mais carros de cada classe, a pontuação segue o padrão que prevaleceu entre 1961 e 1990, ou seja: 9 pontos para o 1º colocado, 6 pontos para o 2º, 4 pontos para o 3º, 3 pontos para o 4º , 2 pontos para o 5º e 1 ponto para o 6º. A volta mais rápida na prova, em cada classe, vale um ponto extra."

Não esclarece muito, mas enfim...hehehe

Mas então, fiquei com vontade de ir nessa merda! Será que é bom? Só de ver os carros deve ser animal. Imagina no paddock...só figurinha que marcou época...


Fonte: www.historicf1.com.br

- Rossi

domingo, 21 de junho de 2009

[Alto-Giro] QRX - parte 4

QRX 2009 - Testes


Completando a sequência dos posts sobre o QRX, agora publico fotos e vídeos dos testes realizados. Novamente agradeço o Gaúcho pela oportunidade de pilotagem, assim como à Kia Motors do Brasil. Agradeço também ao Salmão e o Rodrigo por terem me cedido o convite que o Gaúcho deu.
Depois de postar aqui sobre o evento e os carros em exposição, hoje descreverei somente sobre os dois testes que pude realizar no evento. Fomos ao QRX sem saber se haveria alguma oportunidade de pilotagem, pois estávamos indo como convidados da Kia. Nossas esperanças era que o Gaúcho conseguisse, através de contatos da Kia no local, agendar alguns test-drives para nós.

Infelizmente os horários para a pista do autódromo estavam todas cheias, e o máximo que conseguimos foi um convite de piloto e um de passageiro em um Kia Sportage na pista off-road.

Para isso, foi necessário algum esforço até conseguirmos localizar o Abel, organizador da Kia no local, e explicar-lhe por que estávamos tentando fazer com que ele nos desse um convite para uma pilotagem de graça...
Ao chegar no stand da Kia, o Gaúcho confundiu seu nome, e procurou "a Bel" no stand da Kia. Não foi preciso dizer que ele falhou miseravelmente nessa primeira tentativa, de modo que passávamos a ser vistos com desconfiança de sermos um bando de Zé manés comendo os amendoins do balcão e tentando filar alguma coisa de graça... pensando bem, nunca deixamos de ser isso, a única diferença é que o Gaúcho é filho de um integrante da diretoria da Kia no Brasil.

Desfeito o mal-entendido, o Abel passou a nos tratar diferentemente, e logo foi atrás de algum convite para o Gaúcho. É engraçado como as pessoas inevitavelmente tratam-nos com distinção quando se sabe que se é, ou está acompanhado de alguém importante. Infelizmente esse tipo de atitude está disseminada em qualquer lugar que se vai, e mais triste ainda, muitas pessoas que estão nas posições superiores aproveitam-se dessa situação para impor respeito e intimidação que de outra maneira não conseguiriam...
Conheço muito bem o Gaúcho e sei que ele nunca teria uma atitude dessas. Não deixamos de ser Zá manés depois que souberam quem era ele, e continuamos detonando os amendoins =)


De qualquer maneira, com ou sem respeito falso e atitudes cínicas, conseguimos nosso test-drive. Que afinal, era somente o que queríamos! O Abel foi ver a disponibilidade da Kia na pista off-road e nos deixou esperando no stand. Depois de aguardar por muito tempo, já estávamos pensando que ele tinha dado um balão na gente. Mas ele voltou, mais tarde, e pude dirigir um Sportage V6 2.7 na trilha.

Dirigir o Sportage na trilha foi surpreendentemente interessante. Aceitei o convite depois de muita insistência do Gaúcho, que disse que já havia feito o teste no ano passado, em um Nissan Pathfinder. Mas admito que entrei no carro um pouco cético sobre como seria esse teste, bem diferente de como seria se eu estivesse entrando em um carro pra pilotar na pista.

Fiquei abismado de como um SUV desses é capaz numa trilha bem castigada. A trilha era quase 80% lama, com trechos de grande escalada e descidas (fotos acima), assim como pista inclinada e poças gigantes de água barrenta. Encarar uma trilha assim em um carro normal é algo impensável. Como eu nunca havia feito algo semelhante antes, foi uma experiência inesquecível. Normalmente só vimos esses carros no asfalto, mas passei a ter muito mais respeito da capacidade deles.





Havia trechos que eu achava que o carro não passaria de jeito algum! Por exemplo, uma subida íngrime com lama até metade da roda. É impressionante o nível de tecnologia alcançada hoje em dia nesses carros. Eu simplesmente acelerava o carro até o fim, e a tração integral, junto com a eletrônica do controle de tração, se ocupavam em achar a melhor tração possível para o veículo. Dava pra sentir o carro "pensando", sempre tentando buscar a melhor aderência... com cada roda girando diferentemente. Mesmo com o acelerador no fim, a rotação não passava dos 2 mil giros.
É possível ver no vídeo acima também, o teste de pista inclinada. Reparem como o volante está virado para a direita, para manter o carro indo em linha reta.




Antes de fazer o teste do Sportage, fomos para um teste de frenagem com ABS, promovido pela VW.
O teste consistia em aceleração total nas duas primeiras marchas, em um Gol, e frenagem sobre uma lona molhada de aderência bem baixa. Eram feitos dois testes: a frenagem sobre a lona com desvio de obstáculo, e frenagem em pistas de aderência diferente, com duas rodas sobre a lona e duas sobre o piso seco.

Com este teste, foi possível observar claramente a importância do ABS. Muita gente nem pensa em comprar o ABS no carro por ser caro e por achar que nunca vai usar. São nas situações-limite que o ABS é tão precioso. Talvez o motorista vá usar o ABS somente uma vez na vida. Isso já seria o suficiente para salvar vidas e fazer valer a pena.



Este primeiro vídeo mostra o ABS salvando as "vidas" de dois obstáculos de espuma. A frenagem é total, com o pé no fundo do freio mesmo. Feita sobre uma superfície de muita baixa aderência, ainda é possível manter o controle da direção e desviar, como se vê no vídeo.



Este vídeo mostra a frenagem em pistas com aderência bem diferente. Com duas rodas no asfalto e duas na lona, esta seria uma situação quase impossível de se controlar sem o ABS.

Depois, o instrutor nos guardou uma "surpresa". Ao fazer outro teste de desvio de obstáculo, quando fui frear o carro não desviou e pegou em cheio os colchões. Ele havia desligado o ABS com um comando adaptado, e o carro foi longe! Ao fazer o mesmo truque na pista de aderência diferente, foi só encostar no freio que o carro rodava.
Parabéns à VW pela ótima iniciativa. Além de instrutivo, foi muito divertido fazer estes testes.

No final, fiquei muito feliz com o evento. Pude me encontrar com algumas raridades que jamais tinha visto na vida, e que são um privilégio de ser ver em qualquer lugar do mundo. Pude ver as gostosas da Playboy. Fiz os testes aqui publicados, e ambos foram muito melhores do que eu esperava.
O evento só pecou mesmo pela falta de qualidade dos carros a serem pilotados na pista. E que na verdade, é o principal atrativo do QRX. Apesar de tantas atrações paralelas, não acredito que seja o suficiente para cobrir esta deficiência. Espero que a Quatro Rodas Experience possa aumentar o nível dos carros pilotados, mesmo que para isso seja necessário aumentar o preço de admissão. E fazer um evento menos comercial e mais voltado aos entusiastas.

De qualquer maneira, parabéns ao QRX por todo seu lado positivo!

- Xineis

Update: vejam aqui a continuação desta série:
QRX parte 2: O evento
QRX parte 3: Os carros