sábado, 15 de setembro de 2012

Jettas... Jettas pra todo lado!


Quem acompanha a indústria automotiva, sabe que todas as milhões de marcas espalhadas pelo mundo pertencem a umas... 5 empresas no total. O maior exemplo disso é a Volkswagen: no seu rol de marcas estão a própria VW, Audi, Lamborghini, Bugatti, Bentley, Seat, Skoda... E eles querem mais. Acabaram de finalizar a compra da Porsche e estão tentando tirar a Alfa Romeo da Fiat. 

A idéia da VW é ser a Unilever dos carros. Entre num supermercado. Escolha um produto - qualquer um. Olhe na embalagem: você verá um logo da Unilever. Pois a Volks quer fazer a mesma coisa com os carros. Você vai entrar numa concessionária - qualquer uma -, escolher um carro - qualquer um - e vai acabar encontrando um emblema "VW" em algum lugar. 

Com a sua plataforma modular MQB (do alemão Modularer Querbaukasten, ou plataforma modular transversal), aquela do novo Golf VII  a Volks está realizando o sonho de todas as suas concorrentes (lembre-se, só existem umas outras 4). Pense nela como um skate sobre o qual é possível montar várias carrocerias diferentes, serrando e remendando a base para deixá-la mais curta/longa ou estreita/larga. Desde pequenos hatchbacks até SUVs (incluindo, claro, o Jetta) poderão compartilhar essa plataforma. É verdade que, por enquanto, a MQB só serve para carros com motor transversal dianteiro e tração dianteira, mas é questão de tempo até a tecnologia evoluir para algo ainda mais flexível. Uma plataforma assim, para tração traseira já está sendo desenvolvida pela Porsche, para ser utilizada também nos Bentley.

Assim, tomando o Jetta como modelo base, tudo vai caminhar para a Jettificação do mercado. Vai comprar um Voyage 1.0? Será um Jetta encurtado com cilindrada reduzida. Vai comprar uma Lamborghini Gallardo? Jetta 2.5 rebaixado com tração integral e um 2o motor soldado em 'V'. Que tal um 911? Fusca Jetta com 1 motor e meio achatado, na traseira. Talvez você prefira um Bentley? Jetta forrado de couro com faróis vesgos. Que tal chutar o balde e comprar um Veyron? Jetta turbo mais caro do mundo, com 4 motores soldados em 'W'.

Esse plano de ação da VW tem fundamento: o compartilhamento de plataformas vai diminuir drasticamente os custos de desenvolvimento dos carros, aumentando a margem de lucro e talvez, se eles forem bonzinhos, até mesmo reduzindo os preços (mas provavelmente não no Brasil). Que empresa não gostaria de ter algo assim? O problema é que a Volkswagen vai usar essa vantagem competitiva para fazer caixa e acabar com todas as outras (4) montadoras (talvez eles ainda comprem mais uma ou outra). E no que isso vai resultar?


Por mais que o Jetta seja um bom carro (e não tenha dúvidas, ele é), ninguém quer olhar à sua volta e se ver cercado de modelos iguais. Sobretudo quem gosta de carro. Pense na situação: você, um entusiasta, vai dirigir dois carros aparentemente diferentes, mas a sensação vai ser absolutamente a mesma. Sua mãe, sua tia ou sua avó não vão sentir diferença e vão achar até bom, porque, em diferentes níveis, o compartilhamento de tecnologia vai significar preços mais baixos, manutenção mais simples, etc. Mas você vai saber o que estará acontecendo. Estaremos caminhando para a Rússia da época em que você podia comprar qualquer carro, desde que ele fosse um Lada. Para a Alemanha oriental, quando você só podia comprar Trabants. Para o Japão, quando você só podia comprar Toyo... (ops, isso é agora!) 

A diversidade é uma das coisas que tornam a vida interessante. Com os carros, não é diferente. Se alguém quer ter o direito de comprar um carro que vai quebrar pelo menos uma vez entre cada revisão, deixe ele escolher entre a Fiat ou as marcas francesas. Se uma pessoa decide conscientemente ter um carro moderno que faz 4 km/L e é feio de doer, deixe ela escolher seu GM preferido em paz. Se o seu vizinho quer comprar um carro com 5 anos de garantia e ser explorado nas revisões e peças, a Caoa ficará feliz em atendê-lo. O que não pode acontecer, é não termos opção.

Por isso, é hora de protestarmos. Caso contrário, só veremos Jettas... Jettas pra todo lado! 

-WS

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

[Avistamento] Chevrolet Onix

Voltamos hoje com mais material próprio AltoGiro. Desta vez, o Rossi flagrou o novo Chevrolet Onix aqui em SP. 
Ele chega para concorrer no principal segmento do mercado brasileiro, junto a Gol e Palio. Se ele vai aposentar o Celta, ainda não é certeza. Em se tratando de GM, é capaz de passarmos mais uns 10 anos com um "Celta Classic" ou algo do tipo, hehe.
A camuflagem ainda está escondendo bem o desenho do carro, mas neste link do Autos Segredos você pode ter uma idéia de como ele vai ser. Não é doído de olhar como Agile e Cobalt, mas está longe de ser bonito.
Mais informações no Autos Segredos, que vem nos mantendo informados sobre o projeto.

-WS

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Primeiras fotos do Golf VII

Hoje, data de sua apresentação oficial para a imprensa (que deve acontecer mais tarde), apareceram as primeiras fotos da sétima geração do Golf. Quem, como eu, estava animado para ver o novo desenho do benchmark dos hatchbacks, vai se decepcionar.
A frente ficou sem graça, com poucos vincos e a já tradicional cara da Volkswagen, um tanto conservadora. Eu acho que ela cai muito bem no Jetta atual, por exemplo, mas poderia ser mais ousada no Golf, um hatch mais jovial. 
A traseira ficou é feia, mesmo. As lanternas, com um quê de Passat, não agradam, e, ao contrário da dianteira, há vincos demais.
A vista lateral é, sem dúvida, o melhor ângulo deste carro. A coluna C grossa, tradicional do Golf, lembra o Mk IV, uma das gerações mais bem resolvidas esteticamente. 
O interior evoluiu, como esperado, e tem como destaque uma grande tela para a central multimídia e o freio de mão eletrônico. Só o excesso de laca não me agrada muito, mas deve ser algo específico de uma versão de acabamento, assim como os bancos "luva de baseball". 
Minha primeira impressão é de decepção. Depois de ver o ótimo desenvolvimento que a Audi fez com o novo A3 (primeiro carro da nova plataforma modular MQB), esperava mais desse Golf VII. Muito mais. É verdade que essa geração perdeu aquele visual "gordo", de minivan, que veio com o Mk V e ficou no Mk VI (na verdade, um "V e meio"), mas este eterno best seller europeu merecia um desenho mais caprichado. 

Uma vez feitos esses comentários, é claro que preciso ver o carro ao vivo para dar o veredicto final. E tenho certeza de que o modelo será um sucesso de vendas e apresentará um bom nível de evolução tecnológica. Mas esperava mais da VW. Será que, com tantas marcas no portfolio, estão deixando de lado a principal?


-WS




Fonte: Best Cars

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Citroën lança DS3 "conversível"

Já havia rumores circulando, vazaram algumas fotos e agora é oficial: a Citroën lançou um DS3 "conversível". Sim, entre aspas, pois veja uma foto dele com o teto aberto:


Isso pode ser o maior teto solar de lona da história, mas não faz desse DS3 um conversível. Se continuar assim, as montadoras vão pegar carros com teto solar comum, pintar o vidro de roxo e anunciar a versão como "targa". Mas veja mais esta foto:


Você tá pensando o mesmo que eu? Esse deve ser o único modelo "conversível" da história com visibilidade traseira péssima. Em carros sem capota, você olha pra trás e vê até onde sua vista alcança. Mas não neste pequeno Citroën. Aqui, você olha pra trás e vê uma toalha dobrada que parece ter sido feita com a pele do dinossauro Barney. 

Não gostou da cor, que nem eu? Prefere algo mais conservador, estilo "toalha de mesa"? Sem problemas!


Mas vamos dar pontos aos designers da Citroën: eles são pelo menos coerentes na escolha das cores. Vejam só o interior do bichinho:


Ugh! Eu já tinha achado o DS3 avistado pelo Rossi exagerado por causa dos cromados, mas este aqui dá um verdadeiro tapa na cara do bom gosto. 

O DS3 Cabrio (nome oficial da versão) estará no Salão de Paris, neste mês, e é provável que seja vendido aqui no Brasil a partir do ano que vem. Aguardo avistamentos de um verde com a capota roxa, haha!

-WS


Fonte: Best Cars