quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

[Alto-Giro] Visita à Platinuss: Lamborghini Gallardo Superleggera & Gallardo Valentino Balboni



Mesmo no rarefeito mundo dos esportivos exóticos, Lamborghinis são especiais. Lambos são arrojados e vigorosos. Exclusivos. E seus modelos não se intimidam em interpretar de maneira apaixonante, o amor que a companhia tem em fazer carros velozes e excepcionalmente belos.

Inclusive, quando um Lamborghini passa, o pulso de qualquer mortal inevitavelmente acelera!


Depois das fotos e vídeos do Spyker C8 e do Pagani Zonda, esse post tem a dura missão de manter a sequência da visita à Platinuss sem diminuir o nível anterior. E para tanto, nada menos do que um espetacular par de Lamborghinis para dar continuidade à essa sequência de posts épicos do Alto-Giro Blog.

Não bastassem o Gallardo Superleggera e o Gallardo LP550-2 Valentino Balboni serem dois legítimos touros da casa de Sant'Agata Bolognese, os dois Lambos aqui postados guardam ambos uma exclusividade especial, algo já esperado de produtos da Platinuss. Cada um com seus motivos, esses dois Lamborghinis são únicos no Brasil.



Este Gallardo laranja é o único Superleggera com câmbio manual no país! E o Alto-Giro Blog teve a exclusividade de conhecê-lo de perto, e poder ter o privilégio de sentir qual é a sensação de entrar em um esportivo tão espetacular como este.
Estes Gallardos são raríssimos, com apenas 172 unidades produzidas entre 2007 e 2008, sendo que dos laranjas existem apenas 46 no mundo!! Se diferenciam externamente, principalmente pela faixa preta crescente na lateral com a inscrição "Superleggera" na porta, além do aerofólio fixo maior e rodas forjadas Scorpius. Além disso, faz-se o uso da fibra-de-carbono no difusor traseiro, na cobertura inferior do assoalho, no espelho retrovisor, nos painéis das portas e no tunel central, para redução de peso. Os assentos também são contruídos deste material, e o interior é coberto por couro alcântara, como é possível ver nas fotos.




Este Gallardo anuncia seu principal diferencial no próprio nome. Como previsível, o Superleggera (superleve, em italiano) se diferencia dos Gallardos tradicionais pelo peso reduzido: esta versão pesa 1.430 kg, ante 1.569 kg da versão normal. Aliado à esta dieta, a Lambo aumentou a potência do V10 5.0L que equipavam a primeira geração dos Gallardos, fazendo com que esta edição tão especial se projete da imobilidade até 100 km/h em 3,8 s (ante 4 segundos do Gallardo normal) e atinja 315 km/h de velocidade máxima.



Originalmente com 500 hp quando foi lançado em 2003, este V10 passou para 520 hp no Gallardo SE, Nera e Spyder. Assim, para não deixar por menos, a Lamborghini adicionou ao seu touro mais 10 cavalos, somando no total impressionantes 530 hp @ 8.000 rpm. Este aumento foi possível por melhorias na eficiência volumétrica do motor, através da redução de perdas de carga na admissão e na contra-pressão da exaustão.



Mas tantas informações técnicas e números absolutos são pouco importantes quando se está na presença dessa obra-de-arte italiana. Desenhado em um país de um alegre povo de coração cheio, tradições festivas, paisagem romântica e terra natal de tantos artistas consagrados, não é por menos que a Italia produz, e sempre produziu, os esportivos mais apaixonantes e indiscutivelmente belos do mundo.




Já este Gallardo preto é especial por si só! Trata se de um exclusivíssimo Gallardo LP550-2 Valentino Balboni. Único no Brasil. Raríssimo no mundo!!
Esta edição especial tem produção limitada de 250 unidades. Isso significa que é mais fácil vermos no mundo uma Ferrari Enzo ou um Porsche 959, do que esse carro. E nós do Alto-Giro Blog fomos os primeiros a ver esta máquina no Brasil, após os integrantes da equipe da Platinuss! A visita ocorreu na manhã seguinte da chegada desta raridade na loja em São Paulo, e as fotos aqui postadas são absolutamente exclusivas!


fonte: Autoblog

O Gallardo Valentino Balboni foi um carro que foi construído sob os moldes do lendário piloto de testes da Lamborghini.
Valentino começou como um aprendiz de mecânico na época que a fábrica de Ferruccio Lamborghini ainda começava a ganhar brilho no restrito mundo dos superesportivos. Na época tinha 19 anos, e até hoje, 40 anos depois, lembra-se de como foi apaixonante testar o primeiro Lambo de sua vida: um dos últimos Miura SV fabricados. Começou então sua carreira de piloto de testes da fábrica, sendo inicialmente aprendiz de Bob Wallace, seu piloto tutor. De lá pra cá então a história é conhecida: Balboni eventualmente assumiu o posto de piloto oficial da empresa, e alguns passos mais, virou a lenda que hoje se tornou!


fonte: Car and Driver

Valentino aposentou-se de sua posição de testador-chefe dos carros da Lamborghini por imposições judiciais trabalhistas italianas, mas continua sua rotina na empresa como consultor de assuntos diversos.
É estimado que ele tenha dirigido cerca de 80% de todos os Lamborghinis já produzidos, tornando-o um mito inatingível. Mais do que um mito, Valentino faz parte do patrimônio da Lamborghini. E entre os aficcionados, Valentino é cult.



Ele é de longe o homem que melhor conhece os esportivos de Sant'Agata, e possui o conhecimento e a habilidade de extrair o máximo dessas máquinas. Tendo Balboni como uma fonte de conhecimento à disposição para projetar uma versão que lhe é considerado o mais próximo possível do ideal, é de se imaginar que o Gallardo LP550-2 Valentino Balboni tenha um valor inestimável.

Claro que é possível descrever esta versão especial em alguns jargões técnicos. Sua sigla LP550-2 representa um motor traseiro posicionado longitudinalmente em relação ao carro (Longitudinale Posteriore), que produz 550 hp e traciona apenas as duas rodas traseiras. A dedução do sistema de tração integral reduziu significativamente o peso, de 1.500 kg do Gallardo LP560-4 para interessantes 1.380 kg. Apesar disso, seu desempenho foi (imperceptivelmente) piorado, com aceleração 0-100 km/h em 3,9 s ante 3,7 s da versão com tração integral. Tem velocidade máxima de 320 km/h e o V10 produz 55 kgmf de torque a 6500 rpm.



Mas essa quantidade sufocante de dados técnicos que tantos gostam de comparar, se dissolve quando em fim estamos de pé ao lado do mais puro dos Gallardos, que neste caso seu maior valor não vêm da excelência técnica ou do design absolutamente apaixonante... este carro é inestimável por ter sido moldado de acordo com as sugestões de Balboni!!



Valentino opinou sobre diversos pontos do carro, bateu o pé pela tração traseira, reacertou a suspensão... e o resultado final é simplesmente espetacular, que o Alto-Giro Blog teve o privilégio de não só poder conhecer de perto, mas também de termos sidos os primeiros a ver essa máquina no Brasil.


A casa Lamborghini sempre foi aqui no Alto-Giro muito admirada pelos seus conceitos, mas especialmente pelas máquinas mistificantes que produz. Depois de avistar um Gallardo nas ruas, um Gallardo Spyder numa garagem e um Lamborghini Murciélago LP640, nossa equipe novamente agradece à Platinuss pela oportunidade de dar continuidade à essa história tão feliz que temos com a companhia de Sant'Agata!!

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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

[Alto-Giro] Visita à Platinuss: Spyker C8 Laviolette

SPYKER C8 LAVIOLETTE


O post de hoje que continua a sequência recente das matérias da visita à Platinuss é especial por diversos motivos.

Primeiro, simplesmente por que é um Spyker C8 Laviolette. Um carro exclusivíssimo em qualquer parte no mundo, e único no Brasil. É equipado com um motor Audi V8 que é uma jóia, assim como o resto do carro. Sua qualidade de construção é impressionante, e todos os detalhes parecem esculpidos, formando um conjunto hipnotizante.

O segundo motivo deste post ser tão especial, é que foi este carro o responsável por trazer aos leitores do Alto-Giro estas matérias espetaculares que estão sendo postadas esses dias. Isso é outro motivo pelo qual admiramos este exemplar específico. Foi exatamente por causa deste carro que se gerou nossa visita à Platinuss, depois da história da perseguição alucinante quando este ainda estava sendo transportado num caminhão plataforma.


Outra razão é o conteúdo deste post. O Alto-Giro traz não somente fotos exclusivas do único Spyker C8 à venda no Brasil, mas também vídeos de seu ronco espetacular, que foram feitas quando nossos amigos da Platinuss muito gentilmente ligaram a máquina para nós!

A Spyker cars é uma empresa fundada no recente ano 2000, mas que carrega um simbólico nome de longa história na história automotiva. Esse nome centenário data de 1898, quando os irmãos holandeses Jacobus e Hendrik-Jan Spijker construíram seu primeiro veículo motorizado, usando motor da Mercedes-Benz. Devido ao seu trabalho primoroso, logo ganharam reputação, sendo que no mesmo ano entraram para história ao construir a carruagem dourada do estado holandês (Dutch Golden Carriage) ainda usado hoje em dia para eventos reais da Rainha da Holanda.

Em 1903, já com o nome da empresa modificado de Spijker para Spyker, para maior facilidade de pronúncia, lançaram os modelos seis cilindros 60 /80 HP.

Em 1907, um modelo básico 14/18 HP particular, chegou em segundo colocado na corrida Peking to Paris, uma corrida épica realizada neste ano entre as capitais da China e da França. Tal fato catapultou a reputação da empresa, e a Spyker passou a ser conhecida pelo seus produtos em todo o continente europeu.

Com a morte do fundador Hendrik ainda em 1907, a empresa familiar foi à falência, sendo logo comprada por um grupo de investidores. Durante a segunda guerra mundial, a fábrica se dedicou à fabricação de aviões de combate.A Spyker se uniu à Dutch Aircraft Factory, e construiu cerca de 100 caças e 200 motores de avisão. Nasceu aí sua forte tradição aeronáutica, uma inspiração que é traduzida à nova empresa recém-fundada e impregnada em todos os detalhes de seus carros hoje.


Após a guerra, a empresa continuou a produzir novos carros, como o C4 e o C12 La Turbie, sempre com o mote aeronáutico adquirido na Guerra, e sem deixar de lado o acabamento primoroso e a qualidade de construção pelo qual fora conhecido anteriormente.


Em 1925, a empresa fechou as portas novamente. Deixou o mercado como um famoso construtor de veículos exóticos e luxuosos, uma perda para a riqueza automotiva na época.


Até que ressurgiu, agora como Spyker Cars, no ano de 2000.

E toda essa história, do empreendedorismo familiar, passando por uma Guerra Mundial, tornando-se um construtor exótico renomado, a falência e um novo sopro de vida no terceiro milênio, tudo isso se afunilou a este espetacular exemplar que repousa na Av. Europa, em São Paulo!

E é por isso que nós do Alto-Giro Blog nos sentimos tão privilegiados de estar em um contato tão próximo com uma raridade automotiva. Assim como o Pagani, os Spykers estão entre os carros mais exclusivos atualmente.

O Pagani Zonda nasceu como um clássico histórico instantâneo. Carros que foram criados para marcar uma época na história automotiva. Ao estar ao seu lado, me senti como se estivesse do lado de um Bugatti Type 57, um Jaguar XK120, um 300 SL, um McLaren F1. Carros espetaculares, exclusivíssimos, e que nunca foram esquecidos pela história.

Já o C8 representa o renascimento de uma marca renomada no passado. A percepção histórica está na representação atual do espírito da Spyker no passado. É um privilégio poder estar presente para vivenciar tal fato, ainda mais sendo o único exemplar no Brasil.

fonte: Platinuss

Apesar da Spyker Cars ter como relação à empresa antiga pouco mais do que seu nome, mantém da melhor maneira possível, vivo o espírito aeronáutico, exótico e luxuoso que seus antepassados representaram.

Spyker C8 Laviolette na vitrine da Platinuss

Desde que foi lançado, em 2000, sempre admirei profundamente a filosofia da Spyker. Carros enfaticamente estilizados, construídos com foco no impacto visual de quem o vê por fora e por dentro. Spykers foram feitos para excitar diversos sentidos e sentimentos de pessoas que estão à sua volta, ou ao seu volante.

Descompromissados com o desempenho supremo e números absolutos de aceleração e velocidade, têm enfoque mais ao prazer que proporciona ao seu condutor. Não que o conjunto mecânico do motor Audi V8 seja insatisfatório. É que simplesmente seus números de força mecânica não estão no mesmo nível de concorrentes atuais, no selvagem e sanguinário mercado de superesportivos hoje em dia. Seu V8 de 400 cv está aquém dos outros esportivos desta faixa de preço.

Mas daí que vem a questão: qual é um concorrente direto do Spyker C8??

Esportivos situados na mesma faixa de preço podem ter desempenho superior, mas são carros projetados exclusivamente para este fim. Mas não terá esse primor de acabamento e detalhismo joalheiro que encontra em um Spyker.

bocal do tanque de combustível

É sensacional o nível de detalhes esculpidos em um C8. Absolutamente tudo remete ao mote aeronáutico, herança histórica da empresa. Se no novo C8 Aileron a Spyker trouxe ao carro elementos visuais de aviões à jato de turbinas, no C8 Laviollete visto aqui, a empresa o vestiu como um avião à hélice. Isso pode ser visto nas rodas, cujos raios parecem-se com hélices de um avião de combate, nas tomadas de ar circulares e os escapamentos traseiros como as aberturas de metralhadoras, as saídas de ar verticais em diversos pontos da carroceria, a entrada de ar no teto que parecem tomadas de ar de aviões. No C8 Double S possui até rebites aparentes na carroceria, típica junção de chapas nos aviões antigos!


Junto a tanta atenção aos detalhes visuais, sua alma tem por obrigação corresponder à altura para injetar adrenalina no sangue de seu piloto. À primeira vista, a idéia de um motor V8 Audi pode parecer insuficiente para satisfazer os ouvidos dos mais aficcionados. Um motor Audi não parece estar à altura de um V8 berrante italiano, ou um V8 americano borbulhante. Um V8 Audi soa ser.... refinado demais...


Nós do Alto-Giro Blog tivemos o privilégio de ouvir com exclusividade total o coração deste holandês. O vídeo abaixo mostra como a Spyker conseguiu transformar o que parecia ser um refinado motor alemão em um ronco absolutamente visceral!

O ronco do C8 já é uma belíssima sinfonia quando a partida é dada, no começo do vídeo.
Aumentem o volume para ouvir o C8 dando partida:


O motor V8 soa grave e aveludado...

Até que se aciona a tecla Sport, no painel...



O V8 transforma-se completamente, dando uma personalidade absolutamente sinistra ao carro!
O modo Sport no C8 aciona uma válvula no sistema de escape, que quando aberta redireciona parcialmente o fluxo desviando do silencioso. O Spyker passa de um refinado boulevard cruiser para um monstro enfurecido. Seu ronco grave e selvagem faz subir por nossas espinhas dorsais uma sensação arrepiante e descontrolada. Ouvir o ronco do C8 ao vivo é gratificante e renovador.

O Spyker realmente é um carro que demanda adjetivos mais intensos para descrevê-lo.


Ao levantar o capô dianteiro, o Spyker revela cada vez mais sua real beleza.
A parte dianteira levanta-se completamente, levando junto todo o capô e o pára-lamas. Expõe assim, seu sistema de suspensão com amortecedores e molas dispostos na horizontal, como em carros da Fórmula 1, mas colocados transversalmente ao carro.



Como já foi descrito no post do Aston Martin One-77, essa disposição foge da montagem da mola e amortecedor verticais presos aos braços da suspensão junto à roda, como na maioria absoluta dos carros no mundo. Dessa maneira, reduz-se drasticamente o peso não-suspenso (peso do conjunto da roda, amortecedor, mola e freio), diminuindo assim a influência que essa "massa morta" causa no conjunto da roda, melhorando sensivelmente a dinâmica da suspensão do veículo. Resumindo, o sistema suspenso torna-se mais leve, minimizando a filtragem de cargas desnecessárias, e assim melhorando diretamente a dinâmica do carro em si.

A suspensão traseira também segue o mesmo princípio, e se posiciona logo após seu motor central. A foto ilustrativa à direita mostra com clareza o conjunto traseiro. Expõe também como é belo o compartimento do motor do Spyker, especialmente o desenho do coletor de escape.
Fonte :http://www.ritzsite.nl/Spyker/10_spyker.htm





Além disso, sob o capô dianteiro é possível ver os dutos nas duas laterais, que conduzem ar frio para o resfriamento dos freios dianteiros e as duas ventoinhas do radiador, no centro. Tudo como um esportivo de verdade deve ser!

Agora, contrariando a última frase, a Spyker oferece algo inusitado para um esportivo: dá aos seus proprietários, um conjunto de bagagem da Louis Vuitton, confeccionados sob medida especialmente para o carro. O conjunto encaixa certinho no porta-malas, e combina muito com a elegância do carro!


E, para fazer jus à elegância que o conjunto de bagagem da Louis Vuitton oferece, o seu interior é absolutamente espetacular!! O interior do C8 é contruído de maneira que consegue parecer mais primoroso e exótico que o exterior dele.


Tudo tem um ar histórico no seu interior. O couro laranja costurado com gomos, junto com os instrumentos clássicos, botões de alavanca, as saídas de ar circulares e o painel de alumínio texturizado, tudo remete à tradição aeronáutica, dando um ar vintage ao carro.
Há desinformados que criticam o interior, taxando-o de brega e exagerado. Mas é impossível não admirar a qualidade do trabalho feito nele. A qualidade de construção é impressionante, e representa fielmente a tradição de esportivos primorosos e exóticos que a Spyker representa.



Nessa fotos dá pra ver o que é talvez o componente mais impressionante no interior do C8: a alavanca de câmbio com a haste do trambulador exposto, deixando visível o funcionamento do sistema de engate!! A alavanca rotaciona em torno da haste superior, conduzindo o movimento na haste inferior, que por sua vez aciona a troca de marcha na caixa de câmbio, localizada na parte posterior. Simplesmente espetacular. Seu funcionamento pode ser visto brevemente nos vídeos acima.


Abaixo, mais algumas fotos de detalhes do C8 Laviolette. Seu painel de instrumentos, em maiores detalhes, com o botão de partida na foto da direita. Abaixo, os pedais articulados no piso.


Seu teto de vidro é não menos espetacular, reforçando ainda mais a sensação de estar dentro de um caça de guerra. O teto é cortado no meio por uma entrada de ar, que desse ponto puxa diretamente o ar externo para a admissão do motor!!


Assim como já foi dito anteriormente, nós do Alto-Giro Blog nos sentimos privilegiados por estar em contato tão próximo à uma peça automotiva tão rara. Até pouco tempo atrás, Spykers eram para mim carros exóticos de baixíssima produção, vistas somente em pontos isolados na Europa. É gratificante saber que existem empresas como a Platinuss que acreditam no desenvolvimento do nosso país, e contribuem tão fortemente para a diversificação automotiva aqui.

Como já foi dito em outro post, aplaudimos a Platinuss pela sua filosifia. E agradecemos novamente não somente pela nossa visita, mas principalmente pela prestatividade e cordialidade com o qual fomos atendidos. O caráter das pessoas de um estabelecimento é reflexo da ética que a empresa possui. Se essa índole for sempre positiva e vanguardista como é atualmente, a Platinuss tem tudo para prosperar da mesma maneira que deseja aos seus clientes.



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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

[Alto-Giro] Visita à Platinuss: Pagani Zonda F



Hoje continuamos a seqüência sobre a nossa sensacional visita à Platinuss (www.platinuss.com.br), a concessionária dos exóticos. Depois do "trailer", do teaser do Gallardo Valentino Balboni e do post de apresentação da loja, mostramos agora uma das maiores jóias do cenário automobilístico mundial: o Pagani Zonda F.

Isso mesmo, um dos carros mais exclusivos DO MUNDO, está lá na vitrine, reluzindo para os motoristas e transeuntes que circulam pela Av. Europa, na capital paulista. Só um carro desse naipe pode usar uma cor dessas (amarelo-ovo) e não parecer ridículo. Aliás, por incrível que pareça, a cor é o que menos chama a atenção! (Isto é, se você é um fã de carros detalhista; caso contrário, favor ignorar a última afirmação, hehe)
Imediatamente reparo nas peças com padronagem de fibra de carbono, que dão um contraste bem legal com o amarelo base. É o caso do spoiler dianteiro, das saias laterais, das molduras dos faróis e colunas, retrovisores e do formidável aerofólio traseiro bipartido. Na traseira, aliás, é onde fica um dos (muitos) destaques do supercarro: os quatro canos de escape, agrupados dentro de um grande círculo central. Nas extremidades, ficam as lanternas circulares, tradicionais nos esportivos, mas em configuração nada ortodoxa: dispostas de forma diagonal.


A frente do carro não deixa pra menos, com faróis de elementos circulares e individuais, não muito diferentes daqueles usados em protótipos com camuflagem pesada, mas com um resultado final muito bom. O pequeno bico afilado no centro remete aos bólidos da Fórmula 1, assim como o spoiler dianteiro.


O perfil, típico dos supercarros com motor central-traseiro, leva a configuração "cabine avançada + traseira alongada" a novos extremos. Basta comparar com o Gallardo ao lado. A linha de teto do Zonda acaba antes do motor, ao contrário de outros supercarros, que privilegiam uma linha descendente até a traseira. O certo é que o resultado confere um caráter único ao Pagani, deixando-o muito fácil de ser identificado (como se fosse difícil, haha!). Também dignos de menção são o teto de vidro, que garante um ambiente muito agradável à cabine, e as muitíssimo bem trabalhadas rodas aro 20 de desenho único.

Por fim, o exterior brinda os amantes do automobilismo com uma cobretura transparente sobre o compartimento do espetacular motor Mercedes-AMG 7.3 V12. Usado numa série extremamente exclusiva do SL (a 73 AMG), a unidade continuou sendo fabricada exclusivamente para a Pagani. Sendo um privilegiado que já ouviu esse motor, nos meus tempos de AMG, eu posso garantir: é uma experiência espiritual!!


(Abrindo um parêntese, a história por trás da motorização do Zonda remete à letra F do seu nome. O argentino Horacio Pagani, o idealizador do supercarro, tinha boas relações com um dos maiores campeões da F-1, Juan Manuel Fangio, que, por sua vez, era muito bem relacionado com a Mercedes.)

Passando agora ao interior: sim, é o famigerado couro de avestruz que marca presença no volante, na coifa do câmbio, nos assentos e em outras partes. Preciso admitir que estranhei os detalhes de madeira, não exatamente bem inseridos em meio à fibra de carbono e o couro peculiar, mas a verdade é que o comprador pode escolher o que quiser para a cabine. Provavelmente, pagando o suficiente, deve ser possível banhar as peças a ouro. (Se você é de Abu Dhabi e está lendo isto, NÃO É uma sugestão séria)

Embora bem trabalhado, com peças em alumínio, couro e fibra de carbono, o interior não chega ao nível do Spyker C8 (aguardem, em breve um post dedicado a ele). Mas essa certamente não é a característica mais importante para os clientes da Pagani. Infelizmente, nossa pequena "avaliação" acaba por aqui, sem podermos testar o maior chamativo dessa obra-prima sobre quatro rodas: sua performance nas pistas. Mas isso não vai durar muito, já que o Alto-Giro blog acabou de encomendar uma unidade do exclusivíssimo Zonda Cinque na Platinuss…


NOOOOOT!

Se no futebol o Brasil tem levado grande vantagem sobre nossos hermanos, quando se comparam esportivos "nacionais", a Argentina nos deixa comendo poeira. Embora seja louvável ver iniciativas como as do Lobini H1, é, no mínimo, triste tentar compará-lo com o Zonda.


Brincadeiras à parte, nós, da equipe Alto-Giro, só temos a agradecer ao pessoal da Platinuss, que nos recebeu extremamente bem. O que me deixa feliz é saber que são em parte como nós, entusiastas automotivos, trabalhando com os nossos sonhos. Reitero que continuamos abertos a convites desse tipo -não hesitem em nos contatar, hahaha!!


Mas, deixando a (parca) imparcialidade de lado: o Zonda é um dos meus carros preferidos dentre todos os superesportivos (assim como dos outros caras do Alto-Giro). Além de ser extravagante, espetacular e chamativo, características que todos exóticos deveriam buscar, tem uma mecânica exemplar, com um brutal V12 AMG de mais de 7 litros. Mais de 7 litros! Bugatti e Viper à parte (carros que certamente apanham do Zonda numa pista travada), é um dos maiores motores da atualidade, esbanjando força. E embalado numa carroceria que é um verdadeiro colírio. Mas o meu eu pego em outra cor, faz favor. O amarelo está reservado para uma das minhas futuras Ferraris, naturalmente. ;-)

Aguardem, nas cenas dos próximos capítulos: Lamborghini Gallardo Valentino Balboni e Superleggera, Spyker C8 Laviolette e Aston Martin V8 Vantage Lagonda!


Alguns dados técnicos do brinquedinho:

- Motor 7.3 L V12 AMG - 650 cv - 77 kgfm
- Caixa manual de 6 marchas
- 1.230 kg
- Preço: em torno de R$ 4 milhões

Veja todos os outros posts dessa seqüência:

- Teaser
- A visita
- Spyker C8 Laviolette
- Lamborghini Gallardo Superleggera & Gallardo LP550-2 Valentino Balboni
- Aston Martin Vantage


Update: Vejam o vídeo de nossa visita ao Pagani Zonda F da Platinuss neste link !
Update2: Vejam esse Zonda nas ruas de São Paulo, neste link!!

-WS
Equipe Alto-Giro