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terça-feira, 4 de outubro de 2011

[Alto-Giro] Repercussões sobre o aumento de IPI

Quem acompanha o Alto-Giro deve conhecer nossa opinião quanto ao absurdo aumento de IPI para carros importados, expressada neste editorial aqui. Algum tempo se passou, muitas opiniões e análises foram emitidas, e algumas medidas concretas foram tomadas. Dentre todos esses acontecimentos, gostaria de chamar a atenção para alguns deles.

Editorial - Best Cars Web Site

Um excelente texto escrito pelo Fabrício Samahá, editor do Best Cars, melhor site automotivo brasileiro, contando a história de um antigo reino muito parecido com um certo país que conhecemos. Com um certo ar de conto de fadas, o editorial passa brevemente pela história do mercado automotivo brasileiro, desde antes da abertura às importações, por Collor, na década de 90, até a recente medida de aumento do IPI para os importados. A diferença entre o nosso Brasil e o reino da história é que, como num conto de fadas, o texto tem um final feliz, graças à mobilização do povo. Já por aqui...

Folha.com

Na que talvez tenha sido a repercussão de maior representatividade à medida, esta reportagem da Folha de S. Paulo informa que representantes do governo chinês adiaram indefinidamente uma reunião de alto nível  com o Itamaraty. A pauta seria o comércio entre os países, que, sem dúvida, será abalado pela incidência abusiva de impostos aos carros chineses em terras tupiniquins. Embora nenhum comentário oficial tenha sido emitido sobre o adiamento, é natural especular que os representantes chineses não ficaram nada satisfeitos com o comportamento dos seus companheiros brasileiros.

Chery obtém liminar contra aumento do IPI
Auto Esporte/G1

A Chery Motors, chinesa, conseguiu uma liminar garantindo um direito constitucional, o prazo de 90 dias antes da alteração na carga tributária. Sim, o Brasil é um país onde nem o governo respeita a constituição ("Que país é esse?!"). Aparentemente, a ABEIVA (associação das importadoras) decidiu não entrar na justiça contra o governo, o que vem sendo respeitado por seus membros - a Chery é exceção, infelizmente. Espero que a ABEIVA esteja trabalhando nos bastidores para reverter (difícil, hein?) ou amenizar a medida.

IPI 30%: carro importado por pessoa física está isento de aumento
Notícias Automotivas

Esta liminar garante que pessoas físicas que importarem carros novos não paguem a nova alíquota do IPI. Vem numa boa hora, após relatos de carros abandonados nos portos, por falta de dinheiro para pagar impostos.

Por enquanto é isso, sintam-se livres para me lembrar de outras notícias importantes relacionadas.

-WS

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

[Editorial] Aumento de IPI para veículos importados




Começa assim a safadeza. Sim, porque maquiar uma medida de AUMENTO DE IMPOSTOS dessa forma, só pode ser mais uma safadeza do poder público com o brasileiro. Leiam a primeira frase do comunicado, que não me deixa mentir:


O governo federal vai elevar em 30 pontos percentuais o IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) para automóveis e caminhões, em todas as modalidades.

Quando se tomou conhecimento dos primeiros planos para essa medida (http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2011/BRASIL_MAIOR_PARA_PORTAL_DO_MF.PDF), eles soavam bastante promissores. As montadoras nacionais que inovassem e primassem pela eficiência energética seriam premiadas com redução na alíquota do IPI. Ótimo, nada melhor que premiar os mais competentes, estimulando o mercado a desenvolver e produzir localmente carros mais modernos, já que o consumidor brasileiro não é capaz de exigir isso. Contudo, depois do anúncio oficial da medida, ontem (15/09/11), não pude deixar de me sentir revoltado com a sua implementação. 

O impacto nos preços 

O governo deixou para trás a idéia de premiar a inovação e a eficiência energética e simplesmente aumentou em várias vezes o IPI para os importados, à exceção dos veículos originários do Mercosul, que respondem pela maioria absoluta das importações. [NOTA: a imprensa garante que os veículos importados do México não sofrerão o aumento da alíquota, mas isso não está confirmado no texto.]  Digo em várias vezes porque, apesar de o Ministério da Fazenda falar em um aumento de 30% nas alíquotas, o aumento real verificado em uma alíquota de que sai de 7% e vai a 37% é de quase 430%, ou seja, o novo valor é mais de 5x maior do que o anterior.

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