terça-feira, 6 de março de 2012

[AltoGiro] Flagra do MG 750 em São Paulo

A MG do Brasil não está indo muito bem, com seus modelos MG 550 e MG 6 mal conseguindo ver a luz do dia devido à falta de compradores dispostos a arriscar uma quantia relativamente alta em carros desconhecidos no país. 
Mesmo assim, a empresa de nome inglês e diretoria chinesa está planejando a introdução de um terceiro carro no Brasil, situado acima dos dois modelos supracitados. Nomeado de MG 750, nada mais é do que o Roewe 750 chinês, mas que em terra tupiniquim recebe o octógono da Morris Garages na sua grade. Coisa pra inglês ver. Ou seria, pra brasileiro ver?
Pois avistei exatamente este sedã, com placas verdes, nas ruas de São Paulo.


O Roewe 750 por sua vez, nada mais é do que o antiquado Rover 75 de 1999, de carroceria alongada e tração dianteira. O desenho da seção dianteira e traseira foram modificados, mas o carro continua facillmente identificável como o carro que lhe deu origem. Assim, ao contrário dos modelos MG 550 e MG 6, desenvolvidos pela Shanghai Auto Industry Corporation (SAIC), o MG 750 ao menos é baseado em um verdadeiro carro inglês. Os motores da Rover continuaram no Roewe, sendo estes um V6 2.5L de 184 hp (186 cv) e um 1.8 turbo de 155 hp (157 cv). 
A versão do Rover 75 V8 (4.6L do Mustang) e tração traseira, foi abandonada.


O site da MG do Brasil anuncia o MG 750 de motor V6 2.5L com 201 cv. Essa diferença de potência deve ter a mesma explicação que a Hyundai dá: a gasolina pura e excepcional do Brasil, junto com um pouco de etanol, dá uma "força mágica" adicional aos seus motores.

Mas as fotos deste flagra são do 1.8 T, como revela o emblema "turbo" no paralamas. Este motor é o mesmo usado no MG 550 e MG 6, mas gera "somente" 155 hp (157 cv) no 750 vendido no exterior. Uma bela diferença em relação aos 170 cv dos MGs "brasileiros". Novamente, deve ser nossa a nossa premiada gasolina...

Aliás, este carro é o mesmo carro mostrado no Salão do Automóvel de 2010, do qual publico abaixo as fotos que tirei.


A empresa se denomina "Morris Garages", em alusão à MG Cars, póstuma empresa inglesa que foi absorvida pela British Motor Corporation e consequente fusão com a Austin, em 1952. A BMC parou de fabricar em Abington, os esportivos compactos e leves da MG em 1980
Dois anos depois, a marca "MG" foi ressucitada para somente adornar versões mais esportivas dos convencionais carros da Austin-Rover. 
Em 1994, o grupo foi comprado pela BMW. Em 2000, a marca bávara se desfez novamente do grupo, que passou a operar por conta própria como MG-Rover Group. Finalmente, em 2005, foi comprada pela chinesa Nanjing Automobile Group, que por sua vez, foi adquirida pela SAIC em 2007. 


Resta saber agora, qual versão a MG do Brasil vai lançar. Apesar de anunciado no site a versão V6, minha aposta está no 1.8 turbo, motor já utilizado no Brasil em outros carros - facilitando assim a logística de reposição e manutenção - e visto também neste veículo de placas verdes rodando em São Paulo. Ou quem sabe, não virão ambos os motores?
Assim, apesar das baixas vendas, a MG quer se firmar no país trazendo quase todo o seu portfólio. Apesar de ser a primeira vez no Brasil, quem já teve um MP Lafer, réplica do MG TD dos anos 50, vai reconhecer o emblema octogonal logo de cara!

Para ver outros flagras desta seção do Alto-Giro Blog, cliquem em "Spyshots" no menu lateral, ou aqui. Se tiverem alguma foto própria de um flagra, mandem para altogiroblog@gmail.com que teremos o prazer em publicá-lo!

4 comentários:

  1. Nossa, que desenho antiquado! Tentaram dar uma atualizada, mas em vão.

    Não sabia que a "MG" também tentava dar o golpe da potência, que nem a Caoa/Hyundai. Tsc, tsc, que coisa feia!

    Quanto a escolher o mesmo motor dos MG 6 e 550, não acho que a logística seria um grande fator. Pelo número de compradores, só precisa comprar uns 5 motores e guardar, pra canibalizar peças quando der problema, haha!

    -WS

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  2. Esse carro parece um Classe C misturado com um Bentley Arnage misturado com um Skoda com uma pitada de Chev Cruze. Mais antiquado que o design talvez seja esse motorzinho, que dificilmente vai conseguir tirar esse monte de lata do lugar.

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  3. Onde você vê Classe C nesse carro?

    -WS

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  4. pois é, o desenho é bem antiquado mesmo... mas sei lá, de alguma maneira eu prefiro este 750 aos outros "MGs"...

    e achei legal ter um Rover no Brasil, marca que nunca veio oficialmente pra cá...

    a classe C que o João vê, acho que são nos farois arredondados unidos.. certo joão?

    bom, de qualquer maneira, qualquer mistura que envolva um Skoda não tem como dar certo...

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