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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

[Alto-Giro Avistamentos] Honda NSX de Ayrton Senna

Honda NSX


O post de hoje serve para mostrar para certas "publicações especializadas" o que é um um Honda NSX de verdade, ao contrário do que foi publicado na reportagem mostrada recentemente no post aqui do Alto-Giro.

Tive o imenso prazer de avistar esse espetacular esportivo nipônico rodando nas ruas, em um dia ensolarado normal na capital paulista. Ainda bem que eu não o confundi com um reles Mitsubishi 3000 GT! Muito pelo contrário, tive o prazer imenso de reconhecê-lo como um NSX muito especial.
Sob o apelido de "Ferrari Japonesa" atribuído por muitas dessas "publicações especializadas", esses esportivos por si só já são uma atração à parte, muito raros em ruas brasileiras, e muito especiais em qualquer lugar do mundo.



Mas este, além disso tudo, é talvez o Honda NSX mais valioso do mundo inteiro, e que guarda os sentimentos e a história do automobilismo do nosso país inteiro nele:
Este veículo de placa BSS-8888, senhores, é nada menos do que o Honda NSX que pertenceu a Ayrton Senna da Silva.


Nosso lendário piloto possuiu este exato Honda NSX preto, que eu tive o privilégio de filmar e fotografar, em plena Marginal Pinheiros. Pelo fato deste carro ainda ser patrimônio da família Senna, creio que seus ocupantes possam ser da mesma linhagem do nosso eterno campeão. Me sinto um grande privilegiado pelo simples fato de poder ter rodado ao lado do carro que tantas vezes levou Ayrton em corridas citadinas.



O projeto NS-X foi idealizado em 1984, tendo como objetivo, elevar a imagem da Honda com a criação de um novo esportivo que equivalesse ou excedesse o desempenho da Ferrari 328. Esse objetivo foi revisado, já que no final do projeto a Ferrari 328 foi substituída pela 348, passando ser este o novo alvo da Honda.
Além de ser superior ao esportivo de Maranello, o Honda deveria oferecer a confiabilidade japonesa e preço de entrada menor. Daí veio o tão famoso apelido de "Ferrari Japonesa". Mas a Honda pretendia que a "sua Ferrari" fosse superior às Ferraris propriamente ditas, e para isso, tinha uma carta na manga tão preciosa, que só ela tinha esse recurso no mundo: Ayrton Senna da Silva.

Sendo a fornecedora de motores para a equipe Mclaren, que levou Ayrton ao tricampeonato mundial de Fórmula 1, a Honda tinha em mãos o maior piloto de todos os tempos à disposição, e não desperdiçou essa oportunidade para refinar o acerto de seu novo esportivo. No projeto NS-X, o carro teve o privilégio de ter seu chassi, motor e suspensão acertados pelos sentidos ultra-aguçados do nosso gênio tricampeão, que convenceu a engenharia a enrijecer o chassis após testes severos com protótipos no circuito de Suzuka. Tal feito pode ser apreciado e admirado no vídeo abaixo. É de tirar o fôlego a tranquilidade como Ayrton conduz o carro, mostrando como seus limites são muito superiores aos do carro.


Assim, após intenso e longo desenvolvimento, a Honda lançava em 1990 seu novo superesportivo de motor central-traseiro, já devidamente nomeado de NSX (sem o hífen de NS-X que nomeava o projeto, de New Sportscar Experimental).
Extremamente avançado, utilizava massivamente o alumínio na sua estrutura, sendo o primeiro carro de produção a utilizar o chassi todo feito deste leve material. Aplicava a elegante e elaborada suspensão de duplos braços sobrepostos (double wishbones) em todas as rodas, fazia-se uso de bielas de titânio, de alta resistência, para permitir que o motor girasse livremente até altas rotações, sendo o mesmo controlado pelo consagrado sistema de variação de abertura de válvulas VTEC da Honda. A Honda superava a Ferrari nas pistas, e agora desafiava-a nas ruas.

E como agradecimento, a Honda presentou Ayrton Senna com dois exemplares do NSX, sendo que o único que permanece na família é este exemplar preto de 1993. As letras da placa BSS-8888 era em homenagem às iniciais Beco (um apelido de infância) Senna Silva, e os númerais 8, eram em referência ao ano de 1988, que Senna conquistou pela primeira vez o título de campeão mundial de Fórmula 1.
Na época, com o custo do uso extensivo de fibra-de-carbono ainda mais proibitivo do que hoje em dia, a Honda conseguiu um grande feito ao manter o baixo peso do NSX, graças ao alumínio. Assim, com um desenho futurista, um V6 3.0L controlado pelo sistema VTEC com 274 cv @ 7100 rpm, e 30 kgmf @ 5300 rpm instalado na posição central-traseira de um conjunto que somava apenas 1350 kg, o NSX colocava a Honda no rarefeito mundo dos fabricantes de supercarros. O NSX passava a ser, provavelmente, o único esportivo japonês categorizado popularmente como um "superesportivo". Talvez o único esportivo japonês antes dele tenha sido o raríssimo e belíssimo Toyota 2000GT. E hoje, quem sabe, o ultra-capaz Lexus LFA.


Ao longo de sua longa jornada, o NSX não teve alterações significativas - somente uma remodelação leve em 2002, junto com motor 3.2 L um pouco mais potente. E suas vendas nunca foram muito expressivas. Mas seu objetivo já havia sido plenamente alcançado: mostrar que a Honda era capaz sim, de fazer uma Ferrari melhor que os próprios italianos.
Apesar de abandonar os entusiastas, como há muito a Honda vem fazendo, já não fazia mais tanto sentido melhorar o NSX, já que os benefícios de imagem a Honda já havia alcançado, e o projeto não traria mais lucros pra empresa devido ao caro processo de desenvolvimento.

É com um misto de nostalgia e saudade, que encerro esse post. Afinal, não é todo dia que me deparo com um pedaço da história automotiva mundial, quanto mais sendo este também um pedaço da história automobilística nacional. Gostaria de prestar minha homenagem a este campeão que deixou tantos órfãos, e que criou tantos sonhos de uma nação inteira


- Jackson

domingo, 7 de agosto de 2011

[Alto-Giro] Gafe na 4 Rodas!


Nós, do Alto-Giro, como fanáticos por carros, sempre nos preocupamos na fidelidade da informação que publicamos. Devo dizer que, muitas vezes, nos deparamos comentando alguns erros técnicos publicados na imprensa especializada (principalmente nossos companheiros blogueiros) e acabamos nos surpreendendo como algumas boas fontes de informação acabam deixando passar tais erros.

Agora, o que é absurdo é, a auto-entitulada "maior e mais antiga publicação especializada em carros do Brasil" - maneira que o Diretor de Redação Sérgio Berezovsky descreve a Revista 4 Rodas na seção "Carta ao Leitor" da edição de agosto de 2011 (edição de aniversário da publicação, inclusive) - cometer erros crassos.

Para comemorar a edição de 51o. aniversário, a reportagem "Especial 51 anos" traz 51 automóveis que "marcaram época nos 51 anos de vida" da revista. Pois bem, como podemos observar na página 147 da edição, o 34o. "item" é o Honda NSX, realmente um automóvel que marcou época. Porém, na ilustração, a revista traz a foto de um Mitsubishi 3000GT, como podem ver abaixo:


O Mitsubishi 3000GT, na sua tradicional versão vermelha, como a da foto, sempre foi um carro que leigos no assunto viam na rua e confundiam com Ferraris, ou até talvez um NSX. Leigos, mas não a 4 Rodas, certo ?

- João

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

[Alto-Giro] A Honda é a nova Toyota!??


Li faz algum tempo atrás, que a Honda está parando de fabricar o Civic Type R na Europa.

#&*%@... !!! o que tá acontecendo...?
Isso é mais um indício de uma teoria que eu venho formulando faz algum tempo já, baseado nas observações que tenho feito à Honda.

pensem.... a Honda estaria se tornando a nova Toyota??
Ou seja, estaria a Honda se tornando aquela montadora de carros eficientes e confiáveis, mas sem graça e nenhuma emoção?

Sabemos que a Honda cancelou já o projeto do sucessor do NSX. A Honda cancelou os projetos dos Acuras de tração traseira, que estavam planejadas para a próxima geração do RL (Honda Legend). Todos os Acuras Type R nos EUA foram extintos, e na Europa, esse fato mostra que o último Type R tbm está morrendo... O Civic Si, faz mais de duas gerações, deixou de ser referencia de hot hatch nos EUA. Quem quiser um pocket rocket agora vai atrás de Mazda Speed3 ou WRX...
O aguardado (e muito propagandeado) CRZ é uma decepção completa. Não tem absolutamente nada a ver com o CR-X, aqueeele hatch / conversivel compacto ultraleve baseado no Civic do começo dos anos 90. E a Honda, em alguns momentos, chegou a dizer que o CRZ tinha o "espírito" do CR-X.

O excelentíssimo S2000, com um 2.0 de 240 cv sem turbo, que gritava até 8000 rpm, morreu sem sucessores...!
Para se ter uma idéia, o carro mais intrigante da linha da Honda nos EUA lamentavelmente é um... Accord Coupe V6....!!
Isso pra uma empresa que criou legiões de fãs de Type-R's, que já fez o NSX, já teve uma equipe de F1 .. e aquele conceito HSC prometia tanto..!!!


Vejo cada vez mais que a Honda está deixando os entusiastas de lado pra seguir o caminho seguro dos carros médios abrangentes...
Lançando cada vez mais carros sem graça que agradam a grande maioria do público, exatamente a receita da Toyota de uns 10 anos atrás. Agora a "ousadia" da Honda é a criação de coisas um tanto ridículas, como o Accord Crosstour ou o Acura ZDX...


Agora a Honda investe forte em duas frentes: híbridos e SUV's...
esqueceram totalmente dos entusiastas.
Vejo cada vez mais uma inversão dos papéis.
Honda criando carros cada vez mais sem graça, e a Toyota mostrando sinais de vida, com o conceito FT-86, o Lexus LFA além de já terem registrado novamente o nome "Supra" nos EUA... a Lexus, pelo menos ainda tem a linha esportiva dela (F), mesmo não sendo muito boa.. pelo menos tentam..


pode ser só impressão minha também... espero estar muito enganado, pois mesmo que seja uma simples impressão, é bem frustrante...!

- Jackson