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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

[Alto-Giro] 54 motivos para não acreditar que Matrix é real


Quem não gosta de ver belas cenas com carros esportivos na telona? Existem carros que são clássicos no cinema, como o Fusca Herbie número 53, e os Batmóveis. Os que são específicos para alguns filmes no cinema, como Aston Martins para o 007, e o De Lorean para a trilogia De volta para o Futuro.

Existem filmes que os astros são os carros. Alguns ótimos, como 60 Segundos, outros nem tanto, como Taxi, ou qualquer Velozes e Furiosos. E também os divertidos, como Transformers.

Mas é inegável que todos que gostam de carro piram ao ver uma sequência de perseguição emocionante, como em Bullit, ou até nos filmes de Bourne.

Então posto aqui hoje, o que foi por muitos considerado uma das melhores cenas de perseguição já registrada até hoje em película! Esta sequência sensacional já é conhecida por todos, mas acho que sempre vale a pena rever quando temos a chance! A cena da perseguição na estrada começa com 2 min e 5 segundos do primeiro vídeo abaixo.







Porém, além de publicar estes trechos manjados, mas emocionantes, aproveitarei também para criticar como a publicidade no cinema pode muitas vezes arruinar o trabalho magnífico de um cineasta. Muitas vezes, detalhes que os diretores irrelevam podem ser determinantes para o fracasso de uma cena. São detalhes que normalmente não são percebidos pelo público em geral, mas que nos olhos de espectadores minuciosos aparecem como se estivessem iluminados por um holofote no meio da noite.

E, como não poderia ser, o que mais salta aos olhos do Alto-Giro Blog são os carros que compõem a cena de um filme. Inconsistências com os carros de uma sequência são o suficiente para tirar toda a realidade de uma cena! E a prática que mais repudio em filmes, é o patrocínio descarado de alguma montadora. Quando um estúdio aceita o patrocínio de uma montadora, e decide usar (quase que) exclusivamente os carros desta, o filme se torna artificial para os olhos de entendidos. E é exatamente o que aconteceu nesta cena de Matrix – Reloaded.

O que deveria ter sido uma das melhores cenas em filmes da minha vida, se tornou logo em uma decepção após alguns segundos de exibição. As cenas são inegavelmente emocionantes, e a filmagem é espetacular! Mas a publicidade descarada da GM no filme tirou toda a graça dessa sequência. Não bastasse os carros principais serem um Cadillac CTS (que por sinal, é invencível, inquebrável e à prova de artilharia anti-aérea) e um Cadillac Escalade EXT, olhos bem atentos perceberão que 99% dos outros carros usados na cena, também são da GM!!

Qual estrada no mundo roda carros da GM?? Existe algum lugar nos Estados Unidos em que todos os habitantes comprem carros da GM?? Se isso acontecesse, ela não teria ido à falência. Pois é, talvez só no mundo criado pelo Matrix mesmo...!

Abaixo listei alguns screenshots que tirei desta sequência. Claro que a cena inteira mostra muito mais carros dos que os destacados aqui, mas só neste punhado de fotos deu pra listar 54 carros, todos da GM.


Além dos óbvios carros protagonistas, o Cadillac CTS e o Cadillac Escalade EXT, é possível ver nesta cena:

1 Chevrolet S10
2 Chevrolet Caprice e Chevrolet Impala (policiais)
3 Pontiac Grand Prix

4 Buick Century
5 Chevrolet Malibu
6 Oldsmobile Intrigue
7 Pontiac Grand Prix
8 Oldsmobile Aurora

9 Chevrolet Impala
10 Chevrolet Tahoe
11 Oldsmobile Aurora
12 Chevrolet Impalas
13 Oldsmobile Intrigue voador
14 Chevrolet Caprice
15 Saturn LW300
16 Chevrolet Venture
17 Saturn S-series

18 Chevrolet Caprice_______ 24 GMC Safari
19 Oldsmobile Aurora
______ 25 Oldsmobile Aurora
20
Chevrolet Tahoe ________26 Buick Le Sabre
21
Chevrolet Malibu _______ 27 Buick Century
22 Buick Century _________ 28
Chevrolet Malibu
23
Chevrolet Caprice


29 Oldsmobile Aurora _____ 37 Chevrolet Tahoe
30 Pontiac Montana ______
38 Saturn LW300
31 Saturn LW300 ________ 39 Oldsmobile Alero
32 Oldsmobile Alero ______ 40 Oldsmobile Aurora
33 Chevrolet Venture _____ 41 Chevrolet Malibu
34 Pontiac Montana ______ 42 Pontiac Firebird
35 Oldsmobile Silhouette __
43 Pontiac Grand Prix
36 Chevrolet Malibu ______
44 Chevrolet Caprice

45 Saturn LW300
46 Oldsmobile Alero
47 Pontiac Firebird
48
Chevrolet Malibu
49 Pontiac Grand Prix

50 Buick Park Avenue
51 Buick Century
52
Chevrolet Malibu
53 Oldsmobile Aurora
54
Chevrolet Malibu

Eu disse 99%, por que no final, acabei achando quatro carros que não são da GM nessa cena. Parece até que os produtores esgotaram todos os GMs que encontraram, e tiveram que, infelizmente, tapar uns buracos com um Dodge Stratus, Jeep Cherokee, Dodge Ram e um Ford Taurus.

Pequenos detalhes são determinantes para a criação de uma cena bem sucedida! A falta de atenção, ou a assunção de falta de conhecimento oposto levam à perda da credibilidade do público atento. Se para pessoas leigas a presença quase-exclusiva de carros da GM passa-se despercebida, para entusiastas automotivos atentos torna-se frustrante. Tira-se a realidade da cena, e também, parte da magia que o diretor quis transmitir para seu público.

- Xineis

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

[Alto-Giro Ao Volante] Pontiac G6 GT



É, galera, para o (des)contentamento de nossos fiéis seguidores, continuamos aqui a série Alto-Giro Ao Volante! E pior: com uma marca que nem existe mais: a Pontiac. Numa viagem curta aos EUA, tive a oportunidade de dirigir esse G6 GT aí em cima por uma semana. Foi o suficiente para que eu formasse uma boa opinião quanto ao carro, confirmando alguns e negando outros preconceitos com os carros americanos.

Continue lendo esse post...


De desenho neutro, o G6 mostrava-se um legítimo Pontiac graças à grade bipartida, uma espécie de duplo rim da BMW, mas de gosto discutível. Na traseira, um pequeno aerofólio tenta dar um pouco de esportividade ao sedã. Como dá pra ver na foto de cima, a versão do "meu" G6 era a GT, ou seja, quase 220 cv de potência no V6! Pros nossos parcos padrões aqui no Brasil, sem dúvida prometia. E cumpriu. O carro acelerava muito bem, mesmo com o câmbio automático de 4 marchas - que, aliás, tinha um recurso de troca seqüencial na alavanca muito bom e rápido, algo surpreendente para um americano. O que não surpreendeu (mas agradou muito) foi o torque em baixa, algo muito valorizado pelos gringos e que garantiu boas cantadas de pneu nas arrancadas.



A suspensão, por outro lado, não me pareceu muito americana: passava cada defeito do asfalto para o volante. Ou seja, provavelmente um tanto dura para os ianques - talvez mostrando o viés esportivo, algo que já foi marcante nessa, por vezes esquizofrênica, marca da GM. Mas isso não é meu problema, eu gostei bastante dessa comunicação com a "pista", ainda mais no asfalto liso e quase sem buracos de lá. Não me vi em nenhuma situação em que pudesse pôr esse comportamento à prova, já que as estradas que peguei se destacavam pela falta de curvas, mas não o conjunto não comprometeu quando forçado de leve.



Passando agora ao interior: as primeiras impressões foram boas. O painel de instrumentos, bem desenhado, agradou pelos aros cromados em volta dos mostradores. O volante forrado de couro tinha boa pegada, além de um desenho tradicionalmente esportivo, com três raios. Os comandos satélite do rádio (os do monótono cruise control não usei) não eram nada de especiais, mas estavam lá. A propósito, esse carro estava equipado com rádio por satélite, uma mania nos EUA. Achei bem legal, sobretudo porque você vai trocando de rádio como troca de canal na TV, com estações temáticas, inclusive algumas especializadas em stand-up comedy. O que eu não gostei foi o rádio dividir o mostrador com o computador de bordo, o que dificulta a leitura enquanto se dirige. Ah, mas uma das informações disponíveis era a pressão dos pneus (dispositivo obrigatório por lá), e foi curioso notar o quanto ela variava com a temperatura. De manhã, quando estava bem frio (perto de 0∘C), até o meio-dia (a uns 15∘C), a variação era de até 5 psi. Foi surpreendente pra mim.



Continuando, os bancos tinham um desenho meio "gordo" e sem muito apoio lateral. O tecido do revestimento não era muito bom, não deixando uma boa impressão. Mas pior que isso era a ausência total de outro material que não fosse plástico nos painéis de porta. E de baixa qualidade. Isso sim é um estereótipo: carro americano com interior plastiquento. Como era um carro de locadora, darei um desconto, mas duvido que haja alguma versão com acabamento melhor.



Aí em cima dá pra ver as saídas de ar da cabine - que lembram as do EcoSport, entre outros - e os comandos do ar condicionado, além do display compartilhado do rádio/computador de bordo. A alavanca de câmbio tinha um acabamento bonito, talvez meio exagerado com esse cromadão, e a pegada era boa. O freio de mão era forrado de couro. O espaço interno era bom se comparado com os "médios" brasileiros, mas nada de impressionante para uma classe que tem Toyota Camry e Honda Accord como maiores expoentes de venda - corrija-me se estiver errado, Xineis :-). Mas uma das coisas mais legais nesse carro precisa de um videozinho para ser explicada:


Isso mesmo, o G6 veio com partida remota no controle. Aparentemente não muito incomum nos EUA, esse dispositivo permite que se ligue o carro de dentro de casa, para que o motor vá esquentando e o aquecimento funcione a pleno vapor (talvez tema de um curto post técnico para o Galileu?). Mas provavelmente é mais adotado pelos "elegantes" tuners que, além da partida a distância, fazem pular seus low riders de duas ou três décadas atrás através do controle remoto.

No geral, achei o G6 um carro sem graça, mas razoável. As características que agradavam nele (motor forte, por exemplo) são facilmente encontradas em concorrentes com mais pontos fortes. Seu desenho exterior é bastante monótono, mas supera, na minha opinião, o do Chevy Malibu, por exemplo. Num mercado com tantas opções como o americano, deve haver compradores que escolham o G6. Ou, melhor dizendo, não. Por isso, ele vai deixar de existir. Pra finalizar, o "carrinho" que ficava à disposição dos hóspedes do hotel (com motorista, claro): uma Suburban!



WS


quinta-feira, 11 de junho de 2009

[Alto-Giro Avistamentos] Pontiac Solstice, Lexus IS250, Mustang GT500

Continuando a postar fotos tiradas por nós mesmos, vai aqui mais alguns de meus cliques.
Assim como já vinhamos publicando anteriormente, vou postar nos "avistamentos" do Alto Giro fotos de carros exclusivos/exóticos que tiramos com nossas próprias câmeras.

Mas, além disso, gostaria de começar a postar também nessa série, carros que não necessariamente sejam exóticos esportivos e/ou luxuosos... vamos postar fotos de carros que sejam diferentes no cenário automotivo nacional, carros que talvez nem são muito caros, mas que sejam raros, curiosos e difíceis de se ver nas ruas brasileiras.

Agora que tenho um celular com uma câmera "decente" (tem 2mb de resolução), tenho muito mais oportunidades de poder registrar esses casos. Pelo mesmo motivo, peço desculpas pela baixa qualidade de algumas fotos, pois não deixa de ser uma câmera de celular...


Um bom exemplo disso, é o Pontiac Solstice, avistado na Av. Paulista. Por ser um esportivo de baixo custo (foi lançado custando apenas US$20 mil), é um carro sem nenhuma exclusividade no seu país de origem, mas devido à sua raridade aqui no Brasil, acaba se tornando um carro interessante e chamativo, quando vai às ruas. Usa o conhecido Ecotec 2.4 da GM, com 177 hp. É o mesmo carro que o Saturn Sky, Opel GT, e.... aposto que vcs não sabiam.... Daewoo G2X!!!


Outro exemplo, o Lexus IS250, visto aqui no Itaim/São Paulo. Ele é interessante também devido à sua raridade, mas um carro ordinário em outros países. Tem motor V6 2.5L de 204 hp de potência. Por ser tração traseira, não deixa de ser um carro interessante.


Agora sim, um carro super exclusivo. Infelizmente, a foto está péssima..!!!
Mas mesmo assim, acho que vale a pena deixar registrado o Mustang Shelby GT500, visto perto do final da Av. Juscelino Kubitschek, ao redor do tunel Ayrton Senna.

Apesar dos Mustangs normais (V6 e GT) dominarem as ruas americanas, especialmente em paisagens californianas, GT500 é um carro extremamente exclusivo. Mesmo tendo um preço que não é tão alto (US$ 40 mil, quando lançado em 2007), é um carro de baixa produção, uma vez que o consumidor americano normal dificilmente considera um Mustang nesta faixa de preço (lembrando que a versão V6 parte de menos de US$20 mil...). Uma prova de como é um carro desejado e exclusivo, foi que no seu lançamento, chegou a ser vendido com ágio de US$20 mil!!!Além das diferenças visuais, o que realmente importa no GT500 é com certeza o que está debaixo do capô: V8 5.4L de 500hp. Esses números dizem por si só.
Muitos criticam cegamente os Mustangs devido à suspensão traseira montada em eixo rígido, tecnicamente menos eficiente (e moderno) que um conjunto de suspensão independente.
Isso pouco importa. O Mustang sempre vendeu muito bem pra Ford e nunca deixará de ser um ícone americano e motivo de inveja para entusiastas de outras marcas.

Como entusiasta automotivo, sempre gostei muito dos Mustangs, especialmente as versões especiais. Felizmente, pude realizar meu desejo de testar um modelo 2006, cujas impressões ao volante postarei em breve.

- Xineis

Veja todos os avistamentos do Alto-Giro Blog aqui

segunda-feira, 1 de junho de 2009

[Alto-Giro] Detroit em luto


Chegou o dia do impensável!

A gigante, a inquebrável, a maior do mundo, o coração da América, ícone dos Estados Unidos e do capitalismo, a multibilionária General Motors pediu concordata.
Até alguns anos atrás, esse acontecimento era algo fora da realidade. A empresa que por si só possuía uma movimentação financeira em 2008 de US$42,4 bilhões, maior do que o PIB de países como Uruguai, Bolívia, Paraguai e República Dominicana, foi líder mundial de vendas de automóveis por 77 anos consecutivos (1931-2007).

Dia 1 de junho de 2009 foi a data que a GM pediu concordata, anunciando possuir ainda US$ 82 bilhões em ativos. Parece muito. Mas sua dívida é de US$ 172 bilhões.

Ao entrar em concordata, a empresa não fecha as portas. Ela reconhece a incapacidade de honrar suas dívidas, e pede auxílio ao governo americano, ao entrar com pedido de proteção do Capítulo 11 da Lei de Falências americana. Como a GM emprega cerca de 250 mil trabalhadores nos Estados Unidos, o governo americano seguramente não fechará suas portas. A administração federal irá injetar na companhia US$ 50 bilhões, sendo que US$ 20 bilhões já foram liberados, e irá controlar 60% do capital da empresa. Já o governo canadense concederá um empréstimo de US$ 9,5 bilhões em troca de 12,5% de participação acionária. O sindicato UAW (United Auto Workers) terá 17,5% dos títulos.


Na reestruturação, a empresa já anunciou que vai fechar ao menos 13 fábricas, demitir 21 mil funcionários e se desfazer de até 2.400 concessionárias nos EUA. Lamentavelmente, também ocorrerá o desaparecimento de quase a metade de suas marcas, muitas dessas queridas entre entusiastas automotivos. Estão entre os cortes marcas como Opel (vendida para a canadense Magna no fim de semana), Saab, Hummer, Saturn e Pontiac. Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC ficam com a GM. Outras marcas, também amada por muitos, já se foram faz tempo, como a Oldsmobile, em 2004.


No final dos anos 90, a GM e a Ford cresceram e lucraram muito com a explosão das vendas dos utilitários esportivos, junto à estável e crescente alta de vendas de picapes. A crise começou a bater na porta da GM em 2001, após os atentados terroristas de 11 de setembro e consequente queda de suas ações no mercado. Uma decisão fundamental foi tomada erroneamente em 2004. Sem prever a alta do preço do petróleo, a liderança da GM redirecionou investimentos do desenvolvimento de novos sedans para acelerar os projetos de picapes leves e SUV's, confiando cegamente nesta faixa de mercado do qual tanto lucrou no passado. Logo após o lançamento de seus novos amados gigantes veículos, o preço do petróleo deu um salto de 50%, o que fulminou toda a estratégia de vendas da empresa. De uma hora pra outra, o consumidor americano passou a correr atrás de carros "verdes"... carros pequenos, econômicos e pouco poluentes. Ou seja, exatamente a antítese de toda a tradição automotiva americana. Os três grandes americanos foram pegos de surpresa, e não souberam como reagir muito bem no começo. A Chrysler foi a primeira a cair. A Ford mostrou sua competência, e surpreendentemente conseguiu virar o jogo. A GM fez o que pode, até agora....
Assim, com a contínua queda de vendas, sendo que em 2008 a GM vendeu 45% a menos que no ano anterior, a companhia viu sua margem de lucro diminuir rapidamente, resultando então em uma perda líquida de US$18,8 bilhões no primeiro semestre de 2008, e queda de 76% do valor de suas ações. Em Dezembro de 2008, a empresa anunciou publicamente estar sem caixa para manter-se operante, e requisitou o empréstimo de US$ 13,4 bilhões do governo americano. Era o início do fim.

Mesmo com a entrada do empréstimo, a GM não resistiu às pressões.
É difícil apontar uma única causa para a queda deste gigante. A combinação de decisões erradas, a resistência dos sindicatos americanos em ceder de seus benefícios, a súbita mudança de comportamento do público americano e a crise econômica mundial, juntas, devastaram o império automotivo americano.

















Rick Wagoner

O processo de reestruturação governamental começou no final de março, após ter Rick Wagoner deposto pela administração de Obama, cedendo seu lugar para Fritz Henderson. Tal manobra desesperada foi realizada com a esperança que, com a mudança de comando, a GM conseguisse ao menos diminuir os prejuízos acumulados desde o início da crise.
Obviamente insuficiente, a ação não conseguiu estancar o sangramento de dólares da empresa.

Segundo explicou a Casa Branca, a reestruturação significará a criação de uma nova General Motors que comprará "substancialmente todos os ativos da velha GM que necessita para implementar seu plano de negócios". E em troca, o governo americano "renunciará" a recuperar a maioria de seus empréstimos.
Um fundo destinado a proporcionar serviço de saúde aos aposentados da GM, denominado Veba, receberá 17,5% do conjunto de acionistas da nova GM e garantias para a compra de outros 2,5%. Este fundo terá o direito de escolher um dos integrantes independentes do conselho de administração que não terá direito a voto ou outros direitos no comando da companhia.

O governo americano receberá cerca de 60% do conjunto de acionistas da nova GM e direito a nomear os membros iniciais do conselho de administração, e o governo canadense emprestará US$ 9,5 bilhões à empresa. Assim, terão 12% do conjunto de acionistas da nova GM e terão direito a escolher um membro do conselho de administração.

Os 10% restantes irão para os credores com garantias para que possam assumir até 25%.

Amada e odiada por muitos entusiastas, é inevitável o consenso que a GM merece o respeito de todos. Não há como negar que a GM foi talvez a empresa que mais teve influência no mercado automotivo na história, junto à Ford. Muito do que conquistamos e avançamos no mundo dos carros deve ser creditada aos engenheiros desta empresa.
















Como um ex-funcionário da engenharia da GMB, sinto muito orgulho de ter trabalhado nesta montadora lendária. Infelizmente o braço que participei (Hummer) será uma das primeiras a serem eliminadas. No entanto, nunca deixarei de prestigiar esta marca tão simbólica, nem esquecerei os bons momentos que vivi durante este período.

De qualquer jeito, a GM não merece um final melancólico como esse. Sinceramente espero que a GM possa ressurgir deste período turbulento como uma empresa enxuta e eficiente, e que continue a produzir veículos que fizeram parte das vidas de tantas pessoas, assim como carros que fizeram parte dos sonhos de tantos entusiastas.

Segue abaixo, alguns carros icônicos produzidos pela GM, assim como outros modelos de importância histórica da indústria automotiva. Sintam-se à vontade pra listar modelos adicionais nos comentários.

Xineis


Opel Rekord 1967

Opel Vectra 1996

Cadillac Eldorado 1959

Buick Roadmaster 1955

Pontiac GTO 1964

Pontiac Firebird Trans-Am 1969

Oldsmobile Toronado 1967


Chevrolet Impala 1961

Chevrolet Chevelle1969

Chevrolet Camaro 1967

Chevrolet Corvettes